Lando Norris sugeriu que Max Verstappen considerasse uma carreira na comédia depois que o tetracampeão mundial afirmou que também teria vencido o título de Fórmula 1 desta temporada se estivesse pilotando uma McLaren ou uma Ferrari em vez de uma Red Bull.
Verstappen disse aos repórteres holandeses, após conquistar seu quarto título consecutivo em Las Vegas no último sábado (23), que ele o teria conquistado muito antes na McLaren de Norris.
Ele disse que teria sido “praticamente a mesma coisa” em uma Ferrari, mas o carro da Mercedes “teria sido mais complicado”.
“Ele deveria começar a fazer comédia ou algo assim”, disse Norris, o maior rival de Verstappen no título, quando questionado sobre os comentários antes do Grande Prêmio do Catar neste fim de semana. “Ele pode dizer o que quiser. Claro que discordo completamente, como eu faria. Ele é bom, mas sim. Não é verdade”.
Verstappen venceu oito grandes prêmios nesta temporada, mas a McLaren lidera o campeonato de construtores com uma vantagem de 24 pontos sobre a Ferrari. A Red Bull está em terceiro.
Todas as quatro principais equipes terminaram em primeiro e segundo lugar nesta temporada, com a Mercedes fazendo isso nas condições frias de Las Vegas, com um carro que geralmente se mostrou difícil para Lewis Hamilton e George Russell em temperaturas mais altas.
Enquanto Norris teve um companheiro de equipe competitivo no australiano Oscar Piastri, e Charles Leclerc e Carlos Sainz, da Ferrari, foram equilibrados, a Red Bull confiou em Verstappen, enquanto o mexicano Sergio Perez teve dificuldades.
Norris reconheceu que havia prós e contras para Verstappen.
“Ele tem que fazer todo o trabalho sozinho, e eu tiro o chapéu para ele”, disse Lando. “Ele não tem ninguém que o pressiona. Ele não tem alguém que tenta outras coisas com o carro”.
“Os dados não são tão valiosos quando você não tem alguém com o mesmo desempenho […] há muitas coisas que Max pode fazer que são fenomenais. Dirigir no nível que ele faz consistentemente sem um companheiro de equipe que possa pressioná-lo de alguma forma certamente torna sua vida mais difícil”, acrescentou o britânico.
“Mas ao mesmo tempo não há pressão. Ele não tem que lidar com a tentativa de vencer alguém em seu próprio time. Isso traz algum conforto”, finalizou.
(Reportagem de Alan Baldwin, edição de Toby Davis)