domingo, novembro 24, 2024
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Explosões misteriosas do espaço profundo podem estar perto de serem explicadas

O céu possui alguns mistérios que intrigam os cientistas, mas um deles pode estar perto de ser finalmente explicado: as explosões rápidas de rádio (FRBs).

  • As FRBs são explosões de rádio intensas e de curta duração vindas do além da Via Láctea;
  • Elas são tão energéticas que em apenas alguns milissegundos, podem emitir a mesma quantidade de energia que o Sol em três dias;
  • Estima-se que cerca de 10 mil dessas explosões acontecem todos os dias, mas sua origem ainda é misteriosa;
  • As explosões podem ser de dois tipos, repetitivas, ou não repetitivas, que representam a maior parte delas. 
Rajadas rápidas de rádio piscam no céu sobre a Terra. (Crédito: NRAO Outreach/T. Jarrett (IPAC/Caltech); B. Saxton, NRAO/AUI/NSF)

No novo estudo, conduzido por cientistas da Universidade de Toronto e publicado no The Astrophysical Journal, 128 FRBs não repetitivas foram investigadas. Diferente das suas irmãs repetitivas, os cientistas não sabem onde essas explosões irão acontecer, então foi preciso usar um telescópio que observa uma grande área do céu, e o Experimento Canadense de Mapeamento de Intensidade de Hidrogênio (CHIME) era o único que poderia fazer isso. A análise se aprofundou em buscar entender a luz polarizada dessas explosões por poderem ajudar a descobrir o que as produz e os ambientes pelos quais ela teve que atravessar.

Até agora, quando pensamos sobre FRBs, apenas olhamos para eles da mesma forma que olharíamos para uma estrela no céu, pensando em quão brilhante ela é, talvez descobrindo a que distância ela está, coisas assim. No entanto, os FRBs são especiais porque também emitem luz polarizada, o que significa que a luz proveniente destas fontes é toda orientada numa direção.

Ayush Pandhi, autor principal da pesquisa, em resposta ao Space.com

Ilustração do CHIME usado na investigação (Crédito: CHIME. Ilustração: Dunlap Institute.)

O mistério das explosões não foi resolvido, mas nos colocou no caminho para isso

A investigação revelou que a maioria das FRBs não repetitivas provém de galáxias como a Via Láctea e que elas são menos polarizadas que as repetitivas, indicando que elas precisaram passar por menos plasma e campos magnéticos, ou seja, elas vieram de ambientes menos extremos.

Apesar da pesquisa não descobrir o que produz as explosões, os pesquisadores apontam que entender a polarização da luz ajuda a descartar algumas opções, como os Pulsares. Além disso, segundo Pandhi, o estudo ofereceu bases para futuras investigações das FRBs que podem finalmente resolver esse mistério.

Via Olhar Digital

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