sexta-feira, junho 13, 2025
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Explosões com carros-bomba agravam crise na Colômbia; vídeo

Sete explosões, sendo quatro com carros-bomba, atingiram nesta terça-feira, 10, a cidade de Cali e municípios próximos no oeste da Colômbia.

As explosões atingiram áreas próximas a delegacias, mataram ao menos uma pessoa e agravaram a instabilidade no país, aumentando a pressão sobre o governo de Gustavo Petro.

Três dias depois de um atentado contra o senador Miguel Uribe, criminosos realizaram os ataques. Durante um comício em Bogotá, um atirador baleou o parlamentar, que disputa a Presidência em 2026.

Médicos operaram sua cabeça e perna, mas o hospital relatou que ele responde pouco ao tratamento e segue em estado grave.

Os carros-bomba explodiram nos municípios de Jamundí e Corinto, ambos localizados no departamento de Valle del Cauca, onde Cali é a capital. A região é marcada pela atuação de dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que mantêm confrontos contra o Estado.

Até o momento, nenhum grupo reivindicou a autoria dos atentados. As autoridades investigam conexões entre os ataques e facções armadas que se recusam a aderir aos acordos de paz.

Petro ignora explosões em pronunciamento

Apesar da gravidade dos episódios, o presidente colombiano evitou mencionar os atentados em sua manifestação pública. Em publicação nas redes sociais, Gustavo Petro afirmou que foi eleito democraticamente e criticou a oposição por, segundo ele, explorar politicamente o ataque a Uribe.

Também reiterou que seu governo tem como objetivo a “paz e a justiça social”. Em contrapartida, a oposição acusa o presidente de contribuir para o clima de hostilidade no país.

Parlamentares afirmam que a retórica de Petro alimenta tensões e enfraquece a autoridade do Estado em regiões dominadas por grupos armados.

A sequência de atentados revive o trauma dos anos 1980 e 1990, quando assassinatos de líderes políticos marcaram a história recente da Colômbia. A população voltou a conviver com o medo em meio à campanha eleitoral que se aproxima, e cresce a cobrança por respostas do governo.

Com a segurança pública em xeque, a crise atual desafia o discurso “pacificador” do presidente. Ao mesmo tempo, reforça a fragilidade dos acordos com ex-guerrilheiros e a dificuldade do Estado em controlar áreas dominadas pelo crime organizado.



Via Revista Oeste

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