A aproximação do máximo solar, quando o Sol atinge o pico de sua atividade durante o atual ciclo, está rendendo alguns eventos extremos. No último sábado (13), uma explosão solar de classe X, o grau mais intenso.
A explosão ocorreu na mancha solar AR3738 por volta das 23h34 (horário de Brasília) e foi observada pelo Observatório de Dinâmica Solar da NASA. A erupção foi tão intensa que causou um apagão nas ondas curtas de rádio em várias partes do mundo. No mapa abaixo é possível ver em vermelho os locais afetados, incluindo japão, austrália e partes da Rússia. O Brasil não foi atingido pelo evento.
Apesar disso, a explosão solar de grau X não deve causar maiores problemas. O físico solar Keith Strong disse no X (antigo Twitter), que “é improvável que haja qualquer atividade geomagnética como resultado da alta atividade solar”.
Para os amantes de auroras também é importante destacar que o evento foi curto demais para produzir uma ejeção de massa coronal (EMC). Sem a expulsão do plasma do Sol não será possível ver auroras aqui na Terra.
O que é uma explosão solar?
- O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade;
- Ele está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25;
- Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas;
- No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia;
- À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento;
- As explosões são classificadas em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior;
- A classe X, no caso, denota os clarões de forte intensidade, enquanto o número fornece mais informações sobre sua força;
- Um X2 é duas vezes mais intenso que um X1, um X3 é três vezes mais intenso, e, assim, sucessivamente;
- Como o Sol dá uma volta em seu próprio eixo a cada 27 dias, as manchas solares desaparecem de vista por determinado período, voltando em seguida a ser visíveis para a Terra.