sábado, novembro 23, 2024
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Exoplaneta tem atmosfera rica em vapor d’água; quente para vida

Astrônomos descobriram que a atmosfera de um exoplaneta (planeta fora de nosso Sistema Solar) é rica em vapor de água, utilizando o telescópio espacial Hubble. No entanto, embora essa descoberta seja emocionante, esse planeta é muito quente para sustentar a vida.

O planeta, chamado GJ 9827d, tem temperaturas semelhantes às de Vênus, chegando a 400 °C. Essa é o menor exoplaneta onde foi encontrada água até agora. O GJ 9827d é cerca de duas vezes maior que a Terra e orbita estrela chamada GJ 987, a cerca de 97 anos-luz de distância, na constelação de Peixes.

Esse planeta é um dos três planetas semelhantes à Terra que orbitam essa estrela, que tem aproximadamente seis bilhões de anos. A descoberta de água em GJ 9827d é importante, pois é a primeira vez que podemos mostrar diretamente, por meio da detecção atmosférica, que esses planetas com atmosferas ricas em água podem existir em torno de outras estrelas.

Busca por outros mundos aquáticos

  • No entanto, ainda não sabemos exatamente que tipo de planeta é GJ 9872d, indica o Space.com;
  • Esse planeta pode ser uma super-Terra, com núcleo rochoso e atmosfera leve, ou pode ser algo completamente diferente, como mundo feito predominantemente de gelo de água sem equivalente em nosso próprio Sistema Solar;
  • O telescópio Hubble observou GJ 9827d por três anos e viu o planeta passar pela frente de sua estrela 11 vezes;
  • Os astrônomos ainda não têm certeza se o Hubble detectou pequena quantidade de água em atmosfera rica em hidrogênio ou se a atmosfera do planeta é predominantemente feita de água.

Processo de migração

Se o exoplaneta ainda tiver atmosfera espessa de vapor d’água, isso implicaria dizer que ele nasceu mais distante de sua estrela, onde as temperaturas eram mais baixas, e migrou para a posição que vemos hoje. Esse processo de migração resultaria na transformação do possível gelo do planeta em água líquida e vapor d’água, além de aquecer qualquer hidrogênio presente.

Até agora, os astrônomos não haviam sido capazes de detectar diretamente a atmosfera de um planeta tão pequeno, e estamos lentamente entrando nesse regime agora. A próxima etapa é estudar planetas ainda menores, onde não haverá mais hidrogênio e as atmosferas serão mais parecidas com a de Vênus, dominadas por dióxido de carbono.

GJ 9827d: alvo promissor para o James Webb

Essa descoberta do Hubble marcou GJ 9827d como alvo promissor para investigações adicionais com o Telescópio Espacial James Webb (JWST). Esse trabalho já está em andamento e o JWST será capaz de fornecer mais detalhes sobre esse potencial mundo riquíssimo em água.

As observações com o JWST estão sendo conduzidas para aprender mais sobre a composição atmosférica de GJ 9827d e procurar por outras moléculas, como dióxido de carbono.

Essa descoberta é importante para a compreensão da diversidade de atmosferas em planetas rochosos, além de nos aproximar cada vez mais de encontrar planetas semelhantes à Terra. O estudo sobre GJ 9827d foi publicado no The Astrophysical Journal Letters.

Via Olhar Digital

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