sexta-feira, novembro 22, 2024
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Existe um sensor no seu celular que pode ser usado para te espionarem

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) descobriram um recurso inusitado que pode ser utilizado para espionagem — e ele está no seu celular. Em um artigo publicado na revista Science, a equipe revelou que invasores podem capturar imagens facilmente por meio do sensor de luz ambiente de smartphones, notebooks e tablets.

Entenda:

  • Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) descobriram que o sensor de luz ambiente de celulares, tablets e notebooks pode ser utilizado para espionagem;
  • O recurso — geralmente desprotegido nos aparelhos — permite reconstruir imagens de interações do usuário com os dispositivos sem a necessidade de acesso à câmera;
  • O processo acontece por meio de um fotoresistor, que utiliza dados de medição da luz refletida por objetos para construir fotografias de qualidade razoável — que podem ser melhoradas com aprendizado de máquina;
  • A descoberta foi publicada na revista Science.

Ao contrário das câmeras e microfones, o acesso ao sensor de luz ambiente não é controlado pelo sistema operacional do aparelho e, geralmente, não possui qualquer tipo de proteção. A tecnologia pode ser utilizada, por exemplo, para reconstruir imagens de qualidade razoável da mão do usuário enquanto digita um código na tela.

Como acontece a invasão do sensor de luz ambiente

Como explicam os pesquisadores, a reconstrução sequer precisa de uma câmera: tudo acontece por meio de um fotoresistor, que mede mudanças na luz refletida por objetos e utiliza os dados ​​para construir uma fotografia – com muitos ruídos, claro, mas a qualidade pode ser melhorada com aprendizado de máquina.

sensor
(Imagem: Yang Liu et al. / 10.1126/sciadv.adj3608)

Apesar das limitações na resolução e velocidade de obtenção das imagens, o estudo é uma porta de entrada para compreender a tática: “Pretendemos aumentar a consciencialização sobre potenciais ameaças à segurança e privacidade induzidas pela combinação de componentes passivos e ativos em dispositivos inteligentes e promover o desenvolvimento de formas de mitigá-las”, explica a equipe no artigo.

Via Olhar Digital

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