quinta-feira, novembro 21, 2024
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Exército é multado por incêndio no Parque Nacional do Itatiaia

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) determinou que o incêndio ocorrido em junho no Parque Nacional do Itatiaia, no Estado do Rio de Janeiro, foi causado durante um treinamento da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman).

Como resultado, a escola superior do Exército recebeu uma multa de R$ 6,5 milhões. O ICMBio informou que nenhuma pessoa física foi responsabilizada pelo incidente.

Durante um exercício de treinamento no parque, cadetes da Aman iniciaram o incêndio na margem da estrada, no local onde um comboio do Exército havia estacionado.

A investigação do ICMBio afirmou que um fogareiro e um líquido inflamável usados para preparar alimentos foram os responsáveis pelo início das chamas.

O outro lado

O incêndio destruiu 311 hectares de vegetação nativa e danificou estruturas do parque. O combate ao fogo durou dez dias e mobilizou 24 instituições e 150 combatentes, incluindo voluntários. O ICMBio não conseguiu estimar o custo total do combate ao incêndio por causa da participação de diferentes entes.

Em nota ao jornal Folha de S. Paulo, o Exército afirmou que a Aman não teve acesso à investigação do ICMBio, e que a “autuação está em fase de análise e apresentação de defesa por parte da União”.

A Aman também destacou seu compromisso ambiental, especialmente no Parque Nacional do Itatiaia, onde está presente há mais de 80 anos.

Investigação do incêndio

Incêndio ocorreu em 14 de junho | Foto: Reprodução/Redes sociais
Incêndio ocorreu em 14 de junho | Foto: Reprodução/Redes sociais

Com base em imagens de câmeras e depoimentos dos envolvidos, o ICMBio relatou que os militares notaram o início do incêndio e alertaram funcionários da Parquetur, a concessionária do parque. Os cadetes também ajudaram no combate ao fogo, com o envio de helicópteros e mais militares pela Aman.

O incêndio de grande proporção começou em 14 de junho, na parte alta do parque, a 2,5 mil metros de altitude. A vegetação seca, resultado da falta de chuvas no meio do ano, facilitou a rápida propagação das chamas.

O ICMBio embargou a área queimada para permitir a regeneração da vegetação. A Procuradoria e a Aman estão negociando um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para mitigar os danos causados. Além disso, os militares planejam revisar as normas de treinamento para evitar futuros incidentes.

Via Revista Oeste

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