Graham Potter, demitido do Chelsea em maio do ano passado, está sem clube há 17 meses. O treinador de 49 anos quebrou o silêncio e falou sobre a saída da equipe inglesa.
“É como um processo de luto, de certa forma, melhora com o tempo. Você tem que tentar não se culpar, mas não pode simplesmente jogar a culpa de tudo em outra pessoa […] assumo a responsabilidade pelos resultados. Nunca disse que alguma vez fui perfeito e vivemos e aprendemos, e estamos gratos pela oportunidade e pela experiência que tivemos”, disse em entrevista ao The Telegraph.
Potter comandou os Blues em 31 partidas, com 12 vitórias, oito empates e 11 derrotas. Ele esteve à frente da janela de transferências de janeiro, quando o Chelsea gastou mais de 600 milhões de euros em contratações, cerca de R$ 3,6 bilhões na cotação atual.
“Há uma humilhação quando as coisas não correm bem. Fui demitido depois de sete meses de um contrato de cinco anos após ser tirado do Brighton, então há tudo isso em um nível humano com o qual você tem que lidar”, desabafou Potter.
O técnico inglês contou como superou a frustação após a demissão.
“Quando alguém perde o emprego, há um elemento de frustração, raiva e talvez amargura em algum momento”, comentou. “O mais importante era estar com minha família e amigos, apenas me conectar com eles […] fui aos Estados Unidos e vi alguns esportes por lá, algumas organizações. Fui às Malvinas e fiz uma palestra sobre liderança e, para o horror do meu filho de 14 anos, fui ver Taylor Swift em um show. Ele não é tão fã quanto eu”.
Graham Potter ainda revelou não estar muito interessado em assumir a Seleção da Inglaterra. “Não é nada que eu tenha descartado, mas ao mesmo tempo gosto da parte do dia a dia de trabalhar com os jogadores, de estar no clube, de tentar construir e fazer a diferença”, finalizou.