Convidado do Domingol com Benja, da CNN Brasil, neste domingo (8), o ex-lateral Gabriel revelou no programa que passou por momentos delicados após se aposentar do futebol, em 2017.
“Isso pouca gente sabe, mas eu tive um momento em que fui lá no fundo do poço”, admitiu no Domingol o ex-jogador, que se destacou em times como Fluminense, São Paulo, Cruzeiro, Grêmio e Internacional.
No momento da revelação, o programa repercutia o anúncio da aposentadoria do volante Paulinho, ex-Corinthians, feito neste domingo.
Filho do ídolo do Corinthians Wladimir, Gabriel ainda destacou que a experiência de parar é como “uma ferida que não fecha”, citando as dificuldades psicológicas que muitos esportistas enfrentam ao encerrar a carreira.
Por mais que você encontre um outro trabalho, por mais que você seja bem-sucedido com qualquer outra coisa que você se dedique a fazer, fica uma ferida que ela não fecha nunca mais
Gabriel, ex-lateral do Fluminense
O ex-atleta também abordou a famosa frase de que “o jogador de futebol morre duas vezes”, confirmando sua veracidade com base em sua própria experiência.
Embora tenha negado problemas específicos com drogas, Gabriel admitiu ter enfrentado o que acredita ter sido depressão. “Eu acho que eu não sabia pra onde eu ia, eu fiquei sem chão”, confessou.
Atualmente, Gabriel relata estar em um caminho de recuperação, tendo buscado ajuda profissional.
“Hoje eu faço terapia, hoje eu consigo aceitar”, afirmou, ressaltando a importância do suporte psicológico para atletas em transição de carreira.
A coragem de Gabriel em compartilhar sua experiência lança luz sobre um tema muitas vezes negligenciado no mundo do esporte. Sua história serve como um alerta para a necessidade de maior atenção à saúde mental dos atletas, especialmente durante e após o processo de aposentadoria.