Com uma linha de veículos elétricos e híbridos, a Great Wall Motors (GWM) deve abrir as portas de sua primeira fábrica no Brasil em junho de 2025. O prazo foi confirmado pela montadora. A marca nasceu na China — e a fábrica escolhida já foi da Mercedes-Benz.
A GWM escolheu uma planta em Iracemápolis, no interior de São Paulo. Até dezembro de 2020, a linha de produção local se destinava à fabricação de modelos luxuosos como o Classe C e o GLA — mas a montadora alemã decidiu encerrar as atividades com a queda nas vendas durante a pandemia de covid-19.
Nas mãos da Mercedes, o lugar tinha capacidade para fabricar 20 mil veículos por ano. É um número inferior às vendas da GWM no Brasil em 2024 — todas de modelos importados da China.
De zero a 30 mil: a aceleração da GWM no Brasil
A marca chinesa começou as vendas no mercado brasileiro em 2022, com apenas 10 unidades. No ano seguinte, o número saltou para 11,4 mil unidades, entre híbridos e elétricos.
Por fim, em 2023, foram quase 30 mil carros — por volta de 23 mil híbridos. Entre eles, o modelo mais vendido da montadora: o SUV Haval.
Desde o desembarque nas ruas do país até o fim de abril de 2025, a marca chinesa vendeu 41 mil unidades desse mesmo modelo no mercado nacional. A versão de entrada sai por cerca de R$ 220 mil — são quase R$ 80 mil a menos em comparação com o carro de menor custo da montadora alemã: o sedã CLA.
Somando todos os modelos, a Mercedes entregou menos de 20 mil carros no Brasil nesse mesmo intervalo. Assim, um único modelo da GWM foi o bastante para deixar toda a linha da marca alemã comendo poeira — ao menos nas ruas brasileiras.