Uma ex-executiva de Marketing do TikTok processou na quinta-feira (8) a empresa de rede social e sua controladora chinesa, a ByteDance, alegando que ela foi demitida após reclamar de discriminação sexual, etária e de deficiência.
Katie Puris afirmou, em queixa impetrada na corte federal de Manhattan, que a sua demissão, em 2022, foi o auge de uma série de incidentes em que ela reportou preconceitos e, em um caso, assédio sexual para seus supervisores e a área de recursos humanos.
Puris, que tinha quase 50 anos quando foi demitida, alega que foi alvo de comentários depreciativos sobre a sua idade e que o presidente da ByteDance, Zhang Lidong, acreditava que mulheres “deveriam permanecer quietas e humildes o tempo todo” e preferia “docilidade e mansidão” das funcionárias.
Ela também alega que o TikTok recusou uma licença para tratar dos problemas decorrentes do estresse e da pressão no emprego.
Tanto o TikTok quanto a ByteDance não responderam às solicitações para comentarem o caso.
As advogadas de Puris, Marjorie Mesidor e Monica Hincken, afirmaram em comunicado que ela enfrentou grande retaliação por reclamar da discriminação, apesar de ter sido “enormemente bem-sucedida” em seu trabalho.
“As ações da TikTok contra a Sra. Puris são ilegais e estamos ansiosos para reivindicar seus direitos”, disseram.
Puris já havia trabalhado no Google, da Alphabet, e no Facebook, da Meta, além de grandes agências de publicidade, segundo o processo.
A ação acusa o TikTok e a ByteDance de violarem as leis dos Estados Unidos, do Estado e da Cidade de Nova York que proíbem discriminação e retaliação no ambiente de trabalho.
Puris pede indenizações não detalhadas por prejuízos financeiros e psicológicos, além dos danos a sua reputação e carreira.
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