terça-feira, julho 2, 2024
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Ex-diretor-geral da Polícia Civil do DF é preso em Brasília

O ex-diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal Robson Cândido foi preso na manhã deste sábado (4) em sua casa, na região administrativa do Park Way, em Brasília.

A prisão preventiva (sem prazo para acabar) foi decretada pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Águas Claras.

Cândido é investigado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP-DFT) por ameaçar e perseguir duas mulheres. O caso foi revelado pela CNN no começo de outubro.

Além da prisão, foram cumpridos mandados de busca na casa do ex-diretor e em uma delegacia em Ceilândia. A suspeita é de que equipamentos do local teriam sido usados na prática dos supostos delitos e que uma das vítimas foi grampeada.

O delegado-chefe da unidade, Thiago Peralva, é suspeito de auxiliar Cândido no grampo e no crime de stalking. Ele também é investigado no caso.A operação foi cumprida pelo Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (Ncap) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ambos do MP-DFT.

À CNN, a defesa de Cândido disse que não conhece os termos da prisão e que se manifestará em “momento oportuno”. A CNN não conseguiu contato com a defesa de Peralva. O espaço segue aberto.

A Polícia Civil do DF disse que não vai se manifestar sobre o caso. Procurado pela CNN, o MP-DFT não se manifestou.

Cândido foi exonerado do posto que ocupava na Polícia Civil no começo de outubro, após ter sido denunciado pelas mulheres, que registraram boletim de ocorrência. Semanas depois de deixar o comando da Polícia, ele se aposentou.

O então diretor-geral ficou no cargo por quase cinco anos, durante todo o primeiro mandato do governador Ibaneis Rocha, e mais nove meses nessa segunda gestão. Antes de ser o DG da Polícia Civil, foi chefe da delegacia do Núcleo Bandeirante (DF). José Werick Carvalho, então chefe de gabinete dele, foi nomeado para o cargo.

Em 4 de outubro, a CNN revelou que o delegado virou alvo de investigação da Delegacia da Mulher e da Corregedoria-Geral após duas mulheres registrarem ocorrência contra ele por ameaças e perseguição. Os casos são no âmbito da Lei Maria da Penha.

Depois de uma semana que o caso foi revelado, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) se posicionou oficialmente e disse, em nota, que “o referido caso está sendo devidamente apurado pela Corregedoria do órgão, conforme prevê a legislação em vigor”.

O Ministério Público do Distrito Federal também abriu uma investigação contra Cândido. O procedimento está a cargo do Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP).

O então diretor-geral da Polícia Civil foi exonerado do mais alto posto da instituição em 2 de outubro após ser alvo da Corregedoria e da Delegacia da Mulher (Deam).

O delegado foi denunciado por duas mulheres, que registraram boletim de ocorrência por ameaças, conforme revelou a CNN.

No depoimento, a primeira mulher teria dito que foi ameaçada por Cândido e uma amiga dela pediu ajuda a um policial e a outra amiga para que fosse socorrida à uma Deam.

A outra mulher envolvida no caso, que também denunciou as ameaças, disse que também foi perseguida pelo delegado. Ela entregou vídeos e mensagens à polícia.

As ocorrências foram registradas na noite anterior, um dia antes de o diretor-geral pedir exoneração ao governador Ibaneis Rocha (MDB). Cândido justificou que precisava “cuidar de problemas pessoais”.

A CNN confirmou que a Corregedoria da Polícia Civil foi acionada e recolheu as quatro armas do então diretor-geral. O caso, como é protocolo por se tratar de mulheres vítimas de violência, está sob sigilo absoluto.

“Ao tomar conhecimento, a Corregedoria avocou as ocorrências e instaurou os procedimentos necessários”, informou a PCDF, na ocasião.

*com informações de Elijonas Maia e Larissa Rodrigues

Via CNN

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