Santoro ainda explicou o motivo por trás de sua saída do Timão, além de comentar sobre as polêmicas envolvendo a patrocinadora VaideBet.
“Eu acho que a gente tem um desafio enorme e a gente sente muito isso quando vem do mercado corporativo para o futebol, que é o desafio da governança […] não é a gestão que eu esperava, está abaixo. Eu esperava que a gente tomasse decisões mais técnicas do que políticas”, declarou.
Quando perguntado se esta é a maior crise que já aconteceu no Corinthians, Rozallah foi enfático. “Do que eu acompanhei, na minha história como torcedor, sim”.
No início deste mês, a casa de apostas VaideBet comunicou a rescisão do contrato com o Corinthians. A empresa era patrocinadora máster do clube desde o início do ano. A decisão veio após publicação do colunista Juca Kfouri, do portal UOL.
A reportagem publicada afirma que a empresa Rede Social Media Design LTDA, que intermediou o acordo entre a VaideBet e o Corinthians, repassou parte do valor da comissão (pago pelo clube) para outra organização.
A VaideBet enviou uma notificação extrajudicial sobre o suposto caso de “laranja” no acordo do clube com a organização. No documento, a empresa diz que as acusações violavam uma cláusula anticorrupção presente no contrato.
“Pegando o contexto atual, existe uma investigação em curso e o Corinthians colabora com essa investigação integralmente, até onde a gente tem acesso à informação. Não vejo hoje nenhum elemento objetivo para que esse contrato seja quebrado por justa causa”, disse Santoro.
Rozallah ainda reforçou que, diante do estágio atual das investigações, não da para confirmar se houve desonestidade do Corinthians.
Rozallah Santoro deixou o cargo de diretor financeiro do Corinthians no início de junho, após as polêmicas com a casa de apostas.
“O escândalo eu posso dizer que fez parte da decisão. Mas não foi por causa dele, até porque quem acompanhou esse processo viu que, duas semanas antes, eu já tinha renunciado. Quando teve aquela crise que levou à saída do diretor de marketing na época, o Sérgio Moura, no mesmo dia o Augusto foi para uma live e falou ‘Não, é normal mesmo o diretor administrativo ir lá no financeiro dar as cartas e as ordens’. Naquele dia eu entreguei o cargo“, contou.
“Eu só não queria ficar assumindo a corresponsabilidade de decisões das quais eu não participava. Então esse para mim foi o que interrompeu a minha permanência, mas eu não sou inimigo não, continuo do mesmo lado”, finalizou o ex-diretor.
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