O almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, colocou suas tropas à disposição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para uma tentativa de golpe de Estado, segundo o tenente-brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), em depoimento à Polícia Federal.
O conteúdo do depoimento foi veiculado em primeira mão pela CNN.
O apoio de Garnier aconteceu após uma reunião em que foi apresentado por Bolsonaro a utilização de meios jurídicos para permanecer no cargo, como decretos de Garantia da Lei e da Ordem e Estado e Defesa.
A posição do líder da Marinha foi destoante dos demais comandantes das Forças Armadas.
Em uma das reuniões dos comandantes das Forças Armadas com Bolsonaro após o segundo turno das eleições de 2022, conforme narrado por Baptista Jr., o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, anunciou que prenderia o então chefe do Executivo caso ele atentasse contra o regime democrático.
Em outro encontro, o general disse que deixou evidente para Bolsonaro que não haveria qualquer hipótese dele permanecer no cargo após o término de seu mandato.
A FAB, na ocasião, também rechaçou qualquer tentativa de manutenção de Bolsonaro no Poder Executivo após 1º de janeiro de 2023.
*Texto publicado e organizado por Douglas Porto, da CNN
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