quinta-feira, agosto 15, 2024
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Ex-chefe da Abin, Ramagem deve depor à PF na quarta-feira

Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) prestará depoimento à Polícia Federal, na quarta-feira 17, no âmbito da Operação Última Milha, que apura o suposto monitoramento ilegal de opositores ao ex-presidente Jair Bolsonaro em uma “Abin paralela”. As informações são da Agência Estado.

Vai ser a primeira vez que o parlamentar vai ser interpelado pelos investigadores sobre o caso. A polícia requer de Ramagem esclarecimentos sobre as informações levantadas pela operação, que teve a quarta fase deflagrada na quinta-feira 11.

Entre as provas, há uma gravação de uma reunião entre Ramagem e Bolsonaro, onde teria sido discutido um plano para anular o inquérito das “rachadinhas”, que tinha como alvo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho de Bolsonaro.

No áudio, o então diretor da Abin diz que “seria necessária a instauração de um procedimento administrativo contra os auditores da Receita, com o objetivo de anular a investigação, bem como a retirada de alguns auditores de seus respectivos cargos”.

É a segunda vez que Ramagem vai ser interrogado pela PF neste ano. Em fevereiro, ele foi ouvido por falas sobre o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). As declarações, que estão sob sigilo, foram feitas quando Dino era ministro da Justiça no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ramagem se manifesta sobre ‘Abin paralela’

Nesta sexta-feira 12, o parlamentar classificou a nova fase da operação como um “alvoroço” da PF. Pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, Ramagem afirmou ainda que as suspeitas levantadas pela polícia são “ilações e rasas conjecturas”. “No Brasil, nunca será fácil uma pré-campanha da nossa oposição. Continuamos no objetivo de legitimamente mudar para melhor a cidade do Rio de Janeiro”, escreveu nas redes sociais.

Em janeiro, ele foi alvo de mandado de busca e apreensão autorizado na Operação Vigilância Aproximada, um desdobramento da Operação Última Milha, de outubro passado. O deputado esteve à frente do Abin entre julho de 2019 e abril de 2022, durante o período em que dois servidores, presos em outubro, teriam utilizado a estrutura estatal para localizar os alvos da espionagem.

A PF investiga se a “Abin paralela” utilizou o software israelense FirstMile para investigar ao menos quatro ministros do STF, quatro deputados federais, quatro senadores, um ex-governador, dois servidores do Ibama, três auditores da Receita e quatro jornalistas. A ferramenta é capaz de localizar aparelhos que usam as redes 2G, 3G e 4G.

Via Revista Oeste

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