quinta-feira, setembro 26, 2024
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Ex-candidato venezuelano pede anulação da reeleição de Maduro

O ex-candidato presidencial venezuelano Enrique Márquez solicitou, nesta quinta-feira, 25, a anulação da reeleição do ditador Nicolás Maduro.

Márquez, anteriormente diretor do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país sul-americano, apresentou a petição à Sala Constitucional do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), aliada ao regime chavista.

“Mostramos os vícios de inconstitucionalidade, sobretudo a violação da soberania popular recolhida no sufrágio do devido processo”, afirmou Márquez a jornalistas, depois de protocolar o documento.

Tribunal Supremo certifica reeleição de Maduro

Ele se referiu à certificação feita pelo TSJ dos resultados das eleições de 28 de julho, nas quais o ditador Maduro foi declarado vencedor. A oposição, por sua vez, alega fraude e reivindica a vitória de Edmundo González.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro | Foto: Reprodução/Redes sociais

O TSJ da Venezuela afirma que certificou a reeleição de Maduro depois de periciar as urnas com as cédulas de votação do CNE. No entanto, o órgão ainda não publicou a apuração detalhada como exige a lei. A oposição venezuelana acusa a Corte por não divulgar as atas.

Acusações contra o CNE e ameaça à democracia

Além disso, Márquez acusa o CNE de trabalhar a favor do regime. “Nossa democracia está ameaçada, está em risco”, afirmou. “Nossa República está em risco. A paz e a convivência dos venezuelanos estão violadas.”

O TSJ, contudo, informou a Márquez que iniciará o processo em cinco dias. A petição foi assinada digitalmente por milhares de pessoas. Além disso, contou com o apoio de antigos altos funcionários do chavismo, que desertaram depois da ascensão de Maduro.

Apoio ao recurso de Márquez

María Alejandra Díaz, ex-aliada ao chavismo, disse à agência de notícias AFP que a ditadura é “traidora” por pretender “sequestrar a vontade popular”. 

“Infelizmente a era pós-Chávez é obscura”, afirmou María. “Uma era que se centrou no autoritarismo, no desconhecimento dos direitos dos trabalhadores, da própria Constituição.”

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Via Revista Oeste

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