Peter Navarro, ex-assessor de Donald Trump, foi liberado de uma prisão federal em Miami nesta quarta-feira, 17, depois de cumprir 4 meses de sentença por desobedecer uma intimação do Congresso em 6 de janeiro.
Navarro deve viajar para Milwaukee, em Wisconsin, ainda nesta quarta-feiraa para comparecer à Convenção Nacional Republicana, onde Donald Trump foi oficialmente nomeado candidato presidencial do Partido Republicano para as eleições de 2024.
Navarro é um dos dois membros do círculo próximo de Donald Trump condenados por ignorar as intimações do extinto Comitê Seleto da Câmara, que investigou o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Durante seu tempo na prisão, Navarro, que tem mais de 70 anos, trabalhou como bibliotecário jurídico, segundo seu consultor de prisão, Sam Mangel, ao jornal CNN.
Durante a investigação sobre a tentativa de Trump de reverter os resultados das eleições, surgiram relatos que conectavam Navarro a esforços para atrasar a certificação dos resultados presidenciais de 2020 pelo Congresso. Seu livro de memórias, que detalhava conspirações relacionadas às eleições, também foi alvo de investigação.
Navarro foi considerado culpado por um júri federal por duas acusações de desacato: não apresentar documentos e não comparecer a uma entrevista exigida pelo comitê. Antes do julgamento, Navarro alegou que estava seguindo ordens de Trump, que havia invocado o privilégio executivo ao se recusar a cumprir a intimação. Contudo, o juiz não permitiu que ele apresentasse essa defesa.
Detalhes sobre a prisão do ex-assessor de Donald Trump
A Instituição Correcional Federal (FCI) em Miami, onde o ex-assessor de Donald Trump esteve desde março, é uma das prisões mais antigas do país, com menos de 200 detentos e uma grande população de porto-riquenhos.
Peter Navarro, economista formado em Harvard e crítico da China, serviu como consultor comercial de Trump antes de focar na resposta à pandemia. Após as eleições de 2020, ele explorou maneiras de reverter o resultado e manter o republicano no poder.