domingo, julho 7, 2024
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Ex-assessor de Bolsonaro diz a interlocutores que pediu a Cid para “desfazer besteira“ de cartão de vacinação

Preso, Marcelo Costa Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e coronel da reserva, soube, por meio de visitas, que foi um dos indiciados no caso de falsificação do cartão de vacina.

Segundo interlocutores, Câmara já relatou que descobriu sobre as doses falsas de vacina depois que assumiu como assessor de Bolsonaro, após o término do mandato do ex-presidente.

Ele afirmou que ficou surpreso e “mandou Cid desfazer a besteira que tinha feito”. De acordo com pessoas próximas a Câmara, o militar sempre sustentou que o ex-ajudante de ordens fez “tudo sozinho e sem autorização de ninguém”.

Câmara ainda teria relatado que não denunciou a suposta manobra de Cid para inserir os dados porque não imaginou que pudesse gerar tanto problema. E ainda como não se falou mais do assunto, pensou que estaria tudo resolvido.

A amigos, o ex-assessor ainda disse que ele mesmo, tomou a vacina contra a Covid-19.

A Polícia Federal (PF) indiciou Câmara, Bolsonaro e outras 15 pessoas por inserção de dados falsos e formação de organização criminosa.

A investigação aponta que Marcelo Câmara passou a ter o e-mail vinculado a conta “gov.br” de Jair Bolsonaro, a partir do dia 22/12/2022, às 8h20. Antes, o cadastro era vinculado ao e-mail de Mauro Cid.

Segundo as investigações há registros de Cid e Câmara, no Palácio do Alvorada, neste dia e horário da alteração. A mudança dos e-mails seria porque Câmara passaria a ser assessor de Jair Bolsonaro, após o término do mandato.

O relatório da PF aponta ainda neste dia em que ambos estavam no Alvorada, foi emitido o certificado de vacinação e feita a alteração do e-mail cadastral ” evidenciando que todos os atos praticados no Palácio do Alvorada no dia 22/12/2022, como acesso ao sistema ConecteSUS, emissão do certificado de vacinação e alteração cadastral do e-mail vinculado à conta de Jair Messias Bolsonaro, também era de conhecimento de Marcelo Costa Câmara, assessor do então presidente da República, que inclusive o acompanhou após o término do mandato presidencial, corroborando que Jair Bolsonaro participou dos atos criminosos praticados em seu benefício.”

O advogado de Marcelo Câmara, Eduardo Kuntz afirmou que “uma denúncia contra ele vai escancarar, em definitivo, que não temos um processo jurídico e estamos vivendo apenas um reprovável jogo político”.

Via CNN

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