sexta-feira, setembro 27, 2024
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Evidência mais antiga de ovos de insetos pode ter sido descoberta

Um dos períodos mais importantes da Terra foi o Carbonífero — há 359 milhões e 299 milhões de anos, aproximadamente — mas até agora ainda sabíamos pouco sobre os ecossistemas terrestres que existiram na época.

Agora, a descoberta de um sítio fóssil muito preservado em Massachusetts, nos EUA, pode auxiliar os pesquisadores a mudar isso. O local, conhecido como Lantern North, data de cerca de 320 a 318 milhões de anos atrás e se destaca pelo alto nível de preservação e diversidade de fósseis.

A equipe encontrou um pouco de tudo. Desde fósseis, pegadas de 131 espécies diferentes, variando de insetos a aracnídeos, répteis, anfíbios e uma série de plantas. (Crédito da imagem: Knecht et al., Nature Communications 2024)

Ecossistema fóssil pode conter os primeiros sinais de que insetos puseram ovos

Mas não se trata apenas do número de fósseis. Os pesquisadores também descobriram o que pode ser a evidência mais antiga de oviposição de insetos — o processo de deposição de ovos por insetos ou peixes, que podem ter um órgão chamado ovipositor para armazenar os ovos antes de serem expulsos do corpo.

Lesões características de oviposição encontradas nos fósseis de espécies de Cordaites — um grupo extinto de árvores de 30 metros — sugerem que o comportamento pode ser quase 14 milhões de anos mais antigo do que se pensava.

Descobertas anteriores o colocaram mais tarde no Pennsylvaniano, época do período Carbonífero compreendida entre 318,1 milhões de anos e 299 milhões de anos.

Espera-se que, com o estudo contínuo de Lantern North, descobertas semelhantes possam ser feitas no futuro. Os autores sugerem que o local servirá como “referência fundamental” para reavaliar e expandir nossa compreensão deste período pouco estudado, mas extremamente importante, da história ecológica da Terra.

O autor principal do estudo Richard Knecht disse ao Harvard Gazette que se trata de uma descoberta “sem precedentes” de um “momento crucial na evolução da vida na terra”.

O estudo foi publicado na Nature Communications.

Via Olhar Digital

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