Nesta quarta-feira, 20, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) enfrentou um impasse. Isso ocorreu porque os Estados Unidos vetaram uma resolução que solicitava um cessar-fogo imediato no conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza. Essa decisão deixou os norte-americanos isolados dos outros 14 integrantes do conselho, que apoiaram o documento. Washington acredita que os outros países rejeitavam de forma cínica as tentativas de alcançar um acordo razoável.
A proposta de resolução foi elaborada pelos dez integrantes não permanentes do conselho. Além de exigir um “cessar-fogo imediato, incondicional e permanente”, o texto também pedia a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas.
China e Rússia estão contra os EUA
Segundo a agência de notícias Reuters, uma fonte oficial dos EUA, que preferiu não ser identificada, acusou alguns integrantes de, sob a influência da China e da Rússia, estarem mais interessados em provocar um veto dos EUA do que em promover um consenso efetivo.
Os Estados Unidos afirmaram que a linguagem utilizada na proposta era inadequada e que não refletia os esforços necessários para uma solução sustentável. A China pressionou por uma formulação mais agressiva.
Enquanto isso, a Rússia foi acusada de tentar manipular as negociações a favor de seus interesses geopolíticos. O Reino Unido tentou intervir com uma sugestão alternativa que, segundo fontes, teria o apoio dos EUA, mas acabou rejeitada.
Os EUA são um dos cinco membros permanentes com poder de veto.