No mesmo dia da posse de Nicolás Maduro, o governo dos Estados Unidos ampliou a pressão sobre o regime venezuelano. O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA aumentou a recompensa por informações que levem à captura do ditador chavista de US$ 15 milhões para US$ 25 milhões.
O mesmo valor foi estabelecido para o ministro do Interior, Diosdado Cabello, considerado o número dois do regime e também acusado de narcoterrorismo. O Departamento de Estado norte-americano ofereceu US$ 15 milhões por informações sobre o ministro da Defesa e chefe do Exército, Vladimir Padrino López, figura-chave na estrutura militar venezuelana.
As autoridades norte-americanas afirmam que Maduro e seus aliados utilizam as instituições do Estado para conduzir operações de tráfico de drogas e reprimir opositores.
As novas sanções impostas pelos EUA
Como parte da ofensiva, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou sanções contra oito funcionários de alto escalão do regime, incluindo o presidente da estatal Petróleos da Venezuela (PdVSA) e o ministro dos Transportes, que também comanda a companhia aérea estatal Conviasa. Ambos são acusados de apoiar a repressão política e abusos de direitos humanos.
Essas sanções bloqueiam os bens desses indivíduos nos EUA e proíbem transações financeiras com empresas ou pessoas norte-americanas. Instituições financeiras que colaborarem com os sancionados poderão ser alvo de penalidades severas.
Eleição de Maduro é contestada
Os EUA, junto dealiados como Canadá, União Europeia e Reino Unido, consideram os resultados das eleições presidenciais de julho de 2024 fraudulentos. Maduro respondeu às críticas acusando o governo de Joe Biden de fomentar movimentos opositores para “desestabilizar” a Venezuela.
A denúncia contra Maduro por tráfico de cocaína e narcoterrorismo permanece ativa, segundo o Departamento de Estado norte-americano. Desde 2014, mais de 7,1 milhões de venezuelanos fugiram do país, segundo a organização Human Rights Watch, em meio à repressão, à crise econômica e à deterioração dos direitos básicos.
A ofensiva norte-americana busca isolar ainda mais o regime de Maduro e aumentar a pressão por uma transição democrática. Autoridades reiteraram que as sanções têm como objetivo promover mudanças no comportamento do regime e não apenas punir seus líderes.