A empresa aeroespacial Astrobotic, de Pitsburgo (EUA), lançou com sucesso a nave espacial Peregrine, de Cabo Canaveral, na madrugada desta segunda-feira (08). Este lançamento marca o primeiro dos Estados Unidos destinado à Lua desde o último dos voos Apollo, da NASA, em 1972.
Para quem tem pressa:
- A empresa Astrobotic lançou a nave Peregrine na madrugada desta segunda-feira (08), marcando o primeiro lançamento dos EUA à Lua desde a missão Apollo, em 1972;
- A Peregrine estava acoplada ao foguete Vulcan, da United Launch Alliance (ULA), uma colaboração entre Lockheed Martin e Boeing, com interesse do Pentágono para futuras missões;
- A Peregrine transporta 20 instrumentos científicos e enfrenta oposição do povo Navajo devido ao envio de restos cremados para a Lua, considerada sagrada para povos nativos dos EUA;
- A missão integra os programas Artemis e Commercial Lunar Payload Services da NASA, com investimentos previstos para fomentar missões comerciais à Lua.
A missão foi o voo inaugural do foguete Vulcan, da United Launch Alliance (ULA). Espera-se que o módulo de pouso Peregrine alcance a superfície lunar em 23 de fevereiro. É uma corrida contra a Intuitive Machines, de Houston, que almeja pousar na Lua um dia antes com o foguete Falcon 9 da SpaceX, segundo o jornal Washington Post.
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Essas missões são parte do programa Artemis da NASA, cujo objetivo é retornar astronautas à Lua, possivelmente já em 2025. Além disso, integram um programa mais amplo, chamado Commercial Lunar Payload Services (CLPS), no qual a agência espacial investirá US$ 2,6 bilhões (R$ 13 bilhões), ao longo de dez anos, para missões comerciais à Lua.
Nova missão rumo à Lua
O foguete Vulcan carrega significado adicional como uma joint venture entre a Lockheed Martin e a Boeing, com motores fornecidos pela Blue Origin de Jeff Bezos. O Pentágono já demonstrou interesse em usar o Vulcan para missões sensíveis de segurança nacional, sujeitas à certificação após um segundo voo bem-sucedido.
A bordo da Peregrine estão 20 instrumentos científicos, incluindo cinco da NASA, amostras de DNA e restos cremados em parceria com a Celestis. No entanto, a missão enfrentou oposição do povo nativo Navajo, que vê a Lua como um espaço sagrado e pediu o adiamento da missão devido ao envio de restos cremados.
A nave seguirá uma rota direta para a Lua, mas aguardará em órbita lunar até que o local de pouso esteja adequadamente iluminado pelo Sol para aterrissar. Reconhecendo os desafios e a alta taxa de falhas históricas em missões semelhantes, a Astrobotic expressa tanto confiança quanto cautela.
Esta missão representa o início de uma nova era de acesso regular e rotineiro à superfície lunar para cargas úteis comerciais. Também é um avanço significativo na exploração lunar e na capacidade da indústria privada de conduzir missões além da órbita terrestre.