sexta-feira, novembro 22, 2024
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EUA investirá bilhões em guindastes para melhorar cibersegurança

A administração do presidente dos EUA, Joe Biden, emitiu, nesta semana, diretrizes de cibersegurança para os portos do país. Segundo funcionários da cúpula do governo ouvidos pela CNN, a administração de Biden tem duas preocupações: vulnerabilidades que poderiam ser exploradas por hackers e uso de guindastes fabricados na China.

Para quem tem pressa:

  • A administração do presidente dos EUA, Joe Biden, emitiu, nesta semana, diretrizes de cibersegurança para proteger os portos marítimos dos EUA, com foco em vulnerabilidades e no uso de guindastes fabricados na China;
  • Mais de US$ 20 bilhões (R$ 1 trilhão) serão investidos em infraestrutura portuária, incluindo a fabricação de guindastes nos EUA, para diminuir riscos de cibersegurança e dependência de equipamentos chineses;
  • Há uma preocupação específica com guindastes fabricados na China, que representam cerca de 80% do mercado em portos estadunidenses. Novos requisitos de cibersegurança serão impostos para mitigar riscos de espionagem ou disrupções operacionais por hackers;
  • Além disso, a Guarda Costeira dos EUA conduzirá inspeções e imporá a obrigatoriedade de relatos de ciberataques em navios e instalações portuárias, como parte das ações para prevenir ataques que possam comprometer as cadeias de suprimentos e a infraestrutura crítica.

Por isso, o governo planeja investir mais de US$ 20 bilhões (aproximadamente R$ 1 trilhão) em infraestrutura portuária – entram aqui guindastes construídos nos EUA. Para a administração Biden, isso diminuiria riscos relacionados à cibersegurança.

Essas medidas buscam proteger os portos marítimos dos EUA, vitais para a economia do país, de ataques cibernéticos que poderiam causar danos comparáveis ou superiores aos de desastres naturais, segundo Anne Neuberger, assessora adjunta de segurança nacional para ciber e tecnologia na Casa Branca.

O que guindastes têm a ver com cibersegurança?

(Imagem: NicoElNino/Shutterstock)

Os EUA expressaram preocupações específicas sobre os guindastes fabricados na China, que dominam cerca de 80% do mercado nos portos do país. A Guarda Costeira imporá novos requisitos de cibersegurança para operadores desses guindastes, visando mitigar os riscos de espionagem ou interrupções por parte de hackers.

A capacidade de controle remoto desses guindastes aumenta o risco de ataques cibernéticos, que podem coletar dados de inteligência ou causar disrupções no funcionamento dos portos. Tais interrupções poderiam ter efeitos significativos nas cadeias de suprimentos nacionais e globais.

A Guarda Costeira dos EUA já realizou avaliações de segurança em menos da metade dos mais de 200 guindastes chineses presentes nos portos e instalações regulamentadas, buscando atividades maliciosas. Mas não divulgou resultados específicos.

Além disso, o decreto assinado por Biden obriga navios e instalações portuárias a relatarem ciberataques e autoriza a Guarda Costeira a inspecionar ou controlar navios suspeitos de ameaças cibernéticas. Essa medida visa reforçar a segurança contra hackers que podem explorar vulnerabilidades nos sistemas portuários.

As diretrizes emergem após o depoimento do diretor do FBI, Christopher Wray, ao Congresso, no qual alertou sobre a preparação de hackers chineses para atacar a infraestrutura dos EUA – por exemplo: redes marítimas e energéticas. A China refutou as acusações e acusou os Estados Unidos de realizarem campanhas de hacking.

Via Olhar Digital

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