Um submarino de propulsão nuclear da Marinha dos Estados Unidos chegou à Baía de Guantánamo, em Cuba, na quinta-feira 13. Este movimento ocorre um dia depois de navios de guerra russos atracarem em Havana para exercícios militares.
O Comando Sul dos EUA afirmou que o submarino USS Helena, de ataque rápido, chegou às águas próximas da Base Americana em Cuba como parte de uma “visita rotineira” ao porto, enquanto realiza uma viagem pela região.
Navios russos em Cuba
Na quarta-feira 12, uma fragata russa, o submarino nuclear ‘Kazan’, que segundo Cuba não transporta armas nucleares, um petroleiro e um rebocador de resgate chegaram ao Porto de Havana depois de exercícios no Atlântico Norte. As embarcações devem permanecer até a segunda-feira 17.
“Isso não é uma surpresa. Já os vimos fazer esse tipo de escalas em portos antes”, disse a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, na quarta-feira, sobre os exercícios russos. “É claro que levamos isso a sério, mas esses exercícios não representam uma ameaça para os Estados Unidos.”
Monitoramento norte-americano
Outros navios dos EUA também têm rastreado e monitorado os exercícios russos, que, segundo autoridades do Pentágono, não representam uma ameaça para os Estados Unidos.
Os exercícios ocorrem menos de duas semanas depois de o presidente Joe Biden autorizar a Ucrânia a usar armas fornecidas pelos EUA para atacar dentro da Rússia, visando a proteger Kharkiv.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que os militares russos se reservam “o direito de agir da mesma forma”. Ele ameaça fornecer armas de longo alcance a terceiros para atingir alvos ocidentais.
Sabrina Singh, contudo, mencionou que não seria surpresa ver mais atividades russas perto dos Estados Unidos em exercícios globais. As manobras ocorrem em águas internacionais, e os oficiais norte-americanos esperam que os navios russos também façam uma parada na Venezuela.
A Rússia é um aliado de longa data de Venezuela e Cuba, e seus navios de guerra e aeronaves têm feito incursões periódicas no Caribe.
Navios russos atracam ocasionalmente em Havana desde 2008, quando um grupo entrou em águas cubanas pela primeira vez em quase duas décadas. Em 2015, um navio de reconhecimento e comunicações chegou sem aviso prévio a Havana, um dia antes do início das discussões entre autoridades norte-americanas e cubanas sobre a reabertura das relações diplomáticas.
Com informações da Associated Press e da AFP.