sábado, outubro 5, 2024
InícioCiência e tecnologiaEUA dispara quatro mísseis semiautônomos ao mesmo tempo

EUA dispara quatro mísseis semiautônomos ao mesmo tempo

As armas semiautônomas deverão ser o futuro da Marinha dos Estados Unidos e a empresa aeroespacial Lockheed Martin terá parte importante nisso. Em um teste em conjunto, quatro mísseis anti-navio de longo alcance (LRASM, na sigla em inglês) foram lançados simultaneamente com apenas o mínimo de orientação humana e conseguiram contornar desafios que outros dispositivos falhariam.

Como foi o teste dos mísseis

Duas aeronaves Super Hornets F/A-18 lançaram um míssil AGM-158C LRASM cada. Um navio da frota estadunidense lançou outras duas unidades.

Os mísseis lançados são anti-navios, ou seja, designados para serem usados contra navios. Eles também são semiautônomos, com interferência humana mínima.

Veja como foi a simulação:

  • No momento que os quatro mísseis estão no ar, eles captam informações sobre sua própria linha de visão e os dados mais recentes disponíveis vindos de satélites e de outras aeronaves para ajudar na identificação dos alvos;
  • No caso de uma zona de guerra, a comunicação, o sinal GPS e outros tipos de contato com a base podem ter interferência ou ser perdidas, o que encerraria a missão de um míssil normal;
  • Não é o caso dos mísseis semiautônomos lançados pela Marinha dos EUA e pela Lockheed Martin: nesse caso, os dispositivos mudam para o modo autônomo e atualizam uns aos outros sobre como continuar a missão;
  • No caso de uma interferência no caminho, eles se atualizam em tempo real sobre novas rotas e formas de se aproximar do alvo;
  • Quando tiverem contato visual com o navio alvo, avaliam as defesas e selecionam os pontos mais vulneráveis onde atacar;
  • Quando estiverem prontos, eles disparam suas ogivas de 450 kg.
Ilustração dos mísseis no ar (Imagem: Lockheed Martin/Reprodução)

Veja o míssil em ação:

Colaboração entre Marinha e Lockheed Martin

Segundo o New Atlas, os testes aconteceram durante o 12º Evento de Teste Integrado. Outras informações sobre a simulação não foram divulgadas.

O AGM-158C LRASM, o míssil semiautônomo em questão, já é usado desde 2018 pela Marinha e pela Força Aérea dos EUA, além da Marinha Real Australiana. A ideia, agora, é uni-lo a outras aeronaves e navios com capacidade de lançamento para possibilitar uma atuação de longo alcance e implementar os sistemas de defesa das instituições, de forma segura para os combatentes.

Continuamos a investir na concepção e desenvolvimento das capacidades de guerra anti-superfície do LRASM para garantir que os combatentes tenham as soluções de segurança do século XXI de que necessitam para completar as suas missões e regressar às suas casas em segurança.

Lisbeth Vogelpohl, diretora do programa de mísseis LRASM na Lockheed Martin

Via Olhar Digital

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui