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Um novo relatório divulgado pelo Conselho de Revisão de Segurança Cibernética dos Estados Unidos aponta que a Microsoft poderia ter impedido que hackers acessassem e-mails da Casa Branca. O ataque cibernético aconteceu em julho do ano passado e, segundo o documento, só foi possível em função de uma série de falhas de segurança da empresa.
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Falhas de segurança
De acordo com o Departamento de Segurança Interna dos EUA, o ataque era “evitável” e uma série de decisões dentro da Microsoft contribuiu para “uma cultura corporativa que não priorizou os investimentos em segurança corporativa e o gerenciamento rigoroso de riscos”. As informações são da The Verge.
Os hackers usaram uma chave de consumidor adquirida da conta da Microsoft (MSA) para forjar tokens para acessar o Outlook na Web e Outlook.com. O relatório sugere que a Microsoft ainda não sabe exatamente como a chave foi roubada, mas a principal teoria é que ela fazia parte de um despejo de memória.
O Conselho considera que essa invasão era evitável e nunca deveria ter ocorrido. O Conselho também conclui que a cultura de segurança da Microsoft era inadequada e requer uma revisão, particularmente à luz da centralidade da empresa no ecossistema de tecnologia e do nível de confiança que os clientes depositam na empresa para proteger seus dados e operações.
Conselho de Revisão de Segurança Cibernética dos EUA
O ataque hacker
- Hackers supostamente envolvidos com o governo da China conseguiram acesso aos e-mails de cerca de 25 organizações, incluindo pelo menos duas agências do governo dos EUA.
- No total, mais de 500 pessoas foram afetadas, incluindo funcionários da Casa Branca que trabalham com segurança nacional.
- Os responsáveis pelos ataques foram identificados como Storm-0558, um grupo que usa principalmente espionagem, acesso a credenciais e roubo de dados para atingir agências governamentais na Europa Ocidental.
- Após o caso, a Microsoft anunciou que os usuários não precisarão mais pagar para ter acesso a ferramentas que ajudam na identificação de ataques hackers.
- O governo chinês negou qualquer envolvimento e acusou os Estados Unidos de serem “o maior império de hackers do mundo e ladrão cibernético global”.