Os Estados Unidos condenaram nesta quinta-feira, 9, a campanha promovida pelo regime de Nicolás Maduro contra a oposição na Venezuela. A ação ocorreu no mesmo dia em que a ditadura prendeu a líder María Corina Machado.
Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca declarou à agência de notícias EFE que o governo norte-americano está observando atentamente os acontecimentos no país.
“Estamos seguindo muito de perto a informação pública sobre a prisão da líder opositora María Corina Machado por parte de Maduro e seus representantes”, disse o porta-voz. Ele ressaltou que tais ações fazem parte de “uma campanha de intimidação contra a oposição democrática de Venezuela”.
O representante dos Estados Unidos também reafirmou a posição norte-americana sobre a ilegitimidade das eleições venezuelanas.
“Condenamos tais detenções, repressão e intimidação, que não podem ocultar o fato de que Edmundo González Urrutia é o verdadeiro vencedor das eleições de 28 de julho”, afirmou o porta-voz.
Presidente do Chile descreve Maduro como ditador
Ao mesmo tempo, o presidente do Chile, Gabriel Boric, também expressou preocupação com a situação da Venezuela. Em discurso na cidade de Concepción, ele foi categórico ao descrever o regime de Maduro como uma ditadura.
“Me informaram que, na Venezuela, há situações muito críticas antes do que será a posse de amanhã”, disse Boric. “Tenho uma certeza: na Venezuela, hoje, estão perseguindo aqueles que se opõem ao governo. Na Venezuela, hoje em dia, não há liberdade. E preciso dizer isso de forma muito clara e muito explícita, para que não reste qualquer dúvida.”
“Por isso, como governo chileno, retiramos nossa representação diplomática na Venezuela”, acrescentou.
O Chile anunciou a retirada definitiva de sua representação diplomática de Caracas como forma de protesto contra a legitimidade das eleições presidenciais.
Boric destacou que seu governo não reconhece os resultados do pleito, que, segundo ele, foram manipulados por Maduro.
“Não reconhecemos a fraude eleitoral que perpetuou o governo de Maduro, que até hoje continua perseguindo organizações de direitos humanos e qualquer um que discorde dele”, observou,