Nos últimos dias, uma notícia chamou a atenção no Brasil e no mundo: os Estados Unidos estão revogando vistos de estrangeiros identificados como apoiadores do grupo terrorista Hamas. A informação ganhou destaque depois de entrevista do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, conceder entrevista à emissora Fox News.
De acordo com reportagens recentes, o Departamento de Estado dos EUA está utilizando inteligência artificial (IA) para monitorar redes sociais e identificar indivíduos que possam estar associados ou expressando apoio ao Hamas. Essa tecnologia analisa postagens, comentários e até participação em protestos para determinar se um estrangeiro viola as condições de seu visto norte-americano.
A iniciativa, batizada de “catch and revoke” (“pegar e revogar”, em tradução livre), já está revisando milhares de contas de estudantes estrangeiros. O jornal britânico The Guardian publicou em sua versão on-line detalhes do relatório do governo norte-americano.
A decisão ocorre em um momento de intensas tensões geopolíticas. O Hamas, responsável por ataques em 2023 que mataram mais de 1,2 mil pessoas em Israel em 7 de outubro de 2023, é considerado uma ameaça pelos EUA.
Em janeiro de 2025, o presidente norte-americano, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para combater o antissemitismo e, consequentemente, deportar cidadãos envolvidos em protestos pró-Palestina e pró-Hamas. As ações incluem a revogação de vistos e green cards, como no caso do estudante palestino Mahmoud Khalil.

Cancelamentos de vistos para além de apoiadores do Hamas
Sob a lei norte-americana, estrangeiros que “endossam ou defendem atividades terroristas” podem ter seus status migratórios revogados. Advogados e ativistas questionam se o governo está usando a lei para “silenciar vozes pró-Palestina”, o que pode conflitar com a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que protege a liberdade de expressão.
A revogação de vistos para apoiadores do Hamas é apenas o começo de uma série de medidas migratórias prometidas pela administração Trump. Especialistas em imigração, como os do ouvidos pelo City Journal, sugerem que essa política pode se expandir para outros grupos terroristas que, assim como a facção palestina, sejam considerados ameaças à segurança nacional.