Nesta terça-feira (10), mais de 40 procuradores-gerais estaduais solicitaram ao Congresso a criação de rótulos de advertência em plataformas de mídia social, destacando os riscos potenciais para crianças, segundo informa o Washington Post.
A proposta, apoiada pelo Cirurgião-Geral dos EUA, Vivek H. Murthy, visa alertar sobre os impactos negativos das redes sociais na saúde mental dos adolescentes.
Murthy, em um artigo de opinião publicado em junho, defendeu que a legislação exigisse rótulos semelhantes aos das embalagens de tabaco, informando que o uso de mídias sociais pode causar danos significativos à saúde mental dos jovens.
Os procuradores-gerais que apoiam a proposta argumentam que esses rótulos ajudariam a mitigar os riscos e proteger as gerações futuras.
O uso excessivo de mídias sociais tem sido associado a problemas como ansiedade, depressão e distúrbios na imagem corporal entre adolescentes.
Embora a evidência direta ainda seja limitada, tanto autoridades estaduais quanto federais têm intensificado o debate sobre os perigos dessas plataformas, que incluem exposição a bullying, assédio e conteúdo prejudicial.
Senado dos EUA já tem lei para proteger crianças online
- Recentemente, o Senado dos EUA aprovou uma legislação para exigir que empresas de tecnologia tomem medidas para proteger crianças, incluindo o combate a bullying e exploração sexual, e melhorar a proteção de dados online.
- Vários estados também têm introduzido leis para restringir o acesso das crianças às redes sociais e responsabilizar as empresas por riscos potenciais.
- No entanto, defensores da liberdade de expressão argumentam que tais medidas podem infringir direitos constitucionais e exagerar os riscos, desconsiderando os benefícios das mídias sociais para os jovens.
Os procuradores-gerais afirmam que a introdução de rótulos de advertência complementaria outros esforços para aumentar a conscientização e a supervisão das plataformas de mídia social, destacando a necessidade urgente de enfrentar a crise de saúde mental entre os jovens.