O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, autorizou a saída voluntária de dependentes de militares norte-americanos em diversas bases no Oriente Médio. A autorização vale para bases dos EUA em países como Iraque, Síria, Bahrein, Catar e Emirados Árabes Unidos.
“A segurança de nossos militares e de suas famílias continua sendo nossa maior prioridade, e o Comando Central dos EUA (CENTCOM) está monitorando a tensão crescente no Oriente Médio”, disse um representante do Departamento de Defesa à emissora norte-americana Fox News. “O secretário de Defesa Pete Hegseth autorizou a saída voluntária de dependentes militares das localidades na área de responsabilidade do CENTCOM.”
O impacto maior será em Bahrein, onde há mais concentração de familiares de militares norte-americanos, sobretudo nas proximidades da base naval dos EUA. A medida ocorre em um momento de crescente instabilidade na região.
Não haverá a evacuação dos militares em serviço ativo.
EUA monitoram instabilidade
Embora o Departamento de Defesa não tenha mencionado uma ameaça direta, o movimento ocorre enquanto as milícias apoiadas pelo Irã aumentam suas atividades. Além disso, a instabilidade regional também cresce.
O general Michael Kurilla, comandante do CENTCOM, adiou um depoimento previsto para esta quinta-feira, 12, no Comitê de Serviços Armados do Senado, por causa da situação.
A saída voluntária de familiares não é incomum, mas costuma ocorrer somente quando há deterioração no ambiente de segurança. Documentos do próprio Pentágono, como a diretriz JP 3‑68, preveem essa possibilidade em caso de aumento das ameaças.
A diretriz JP 3‑68 permite a autorização e até mesmo o incentivo da saída voluntária de dependentes de militares com patrocínio oficial, funcionários civis do Departamento de Defesa (DOD) não essenciais e seus familiares, além de funcionários e de professores de escolas para dependentes do DOD. O governo norte-americano paga os custos.