terça-feira, janeiro 14, 2025
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EUA aumentam restrições para comércio de chips de IA

O governo dos EUA informou nesta segunda-feira, 13, que aplicarão novas restrições sobre as exportações de chips e tecnologia de inteligência artificial (IA).

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden | REUTERS/Elizabeth Frantz
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden | REUTERS/Elizabeth Frantz

As novas regras dividirão o mundo para manter o poder de computação avançado nos EUA e entre seus aliados, e bloquear o acesso da China para a tecnologia.

O número de chips de IA que poderão ser exportados para a maioria dos países será limitado.

O acesso ilimitado à tecnologia de IA será permitido apenas para os EUA para seus aliados mais próximos.

Ao mesmo tempo será mantido um bloqueio nas exportações para China, Rússia, Irã e Coreia do Norte.

“Os EUA lideram a IA nesse momento, tanto no desenvolvimento de IA quanto no design de chips de IA, e é fundamental que continuemos assim”, disse a secretária de Comércio americana, Gina Raimondo.

EUA querem limitar exportação de chips para a China

As regulamentações fazem parte do esforço levado adiante nos últimos quatro anos pelo governo de Joe Biden para dificultar o acesso da China a chips avançados que podem aprimorar suas capacidades militares.

O objetivo é buscar a liderança dos EUA na Inteligência Artificial fechando brechas e adicionando novas barreiras para controlar o fluxo de chips e o desenvolvimento global de tecnologias de IA.

Embora não esteja claro como o novo governo do presidente eleito Donald Trump aplicará as novas regras, as duas administrações compartilham visões semelhantes sobre a ameaça representada pela China.

Novos limites serão colocados em unidades avançadas de processamento gráfico (GPUs), usadas para alimentar data centers necessários para treinar modelos de IA.

A maioria desses chips é feita pela Nvidia, empresa baseada na Califórnia.

Principais provedores de serviços em nuvem, como a MicrosoftGoogleAmazon, poderão buscar autorizações para construir data centers em outros países.

Para obter esses documentos as empresas deverão cumprir condições e restrições rigorosas, incluindo requisitos de segurança.

O governo Biden impôs restrições dura ao acesso da China a chips avançados e aos equipamentos para produzi-los, atualizando os controles anualmente para endurecer as restrições, até mesmo contra países que poderiam desviar a tecnologia para a China.

Fabricantes de chips criticam novas restrições

Os fabricantes de chips criticaram as novas restrições. A Nvidia chamou a regra de “excesso radical” e disse que a Casa Branca iria reprimir “tecnologia que já está disponível em PCs de jogos convencionais e hardware de consumo”.

Para o provedor de data center Oracle as regras entregariam “a maior parte do mercado global de IA e GPU aos nossos concorrentes chineses”.

A regulamentação divide o mundo em três grupos:

  • cerca de 18 países, incluindo Japão, Grã-Bretanha, Coreia do Sul e Holanda, estarão essencialmente isentos das regras.
  • cerca de 120 outros países, incluindo Cingapura, Israel, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos enfrentarão limitações.
  • países sob embargo por parte dos EUA, como Rússia, China e Irã serão impedidos de receber a tecnologia por completo.

Além disso, provedores sediados nos EUA que receberão autorizações globais, como AWS e Microsoft, poderão implantar apenas 50% de seu poder total de computação de IA fora dos Estados Unidos, não mais do que 25% fora dos países de Nível 1 e não mais do que 7% em um único país que não seja de Nível 1.

A IA tem o potencial de aumentar o acesso à saúde, educação e alimentação, entre outros benefícios, mas também pode ajudar a desenvolver armas biológicas, dar suporte a ataques cibernéticos e auxiliar na vigilância e outros abusos de direitos humanos.

“Os EUA precisam estar preparados para rápidos aumentos na capacidade da IA ​​nos próximos anos, o que pode ter um impacto transformador na economia e na nossa segurança nacional”, disse o Conselheiro de Segurança Nacional americano, Jake Sullivan.

Via Revista Oeste

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