sexta-feira, novembro 22, 2024
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EUA acusam Google de monopólio no mercado de anúncios on-line

O Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos acusou o Google de manter um monopólio significativo no setor de tecnologia de anúncios. A acusação mostra que a empresa teria eliminado concorrentes. Além disso, teria aumentado os custos para editores e anunciantes, com objetivo de maximizar os lucros. O julgamento sobre o caso começou nesta segunda-feira, 9.

Julia Tarver Wood, advogada do DOJ, afirmou durante sua declaração de abertura em um tribunal federal na Virgínia que “ninguém ganha”, exceto o Google.

O governo tem apresentado ações abrangentes para desafiar o domínio de mercado dessas empresas | Foto: Reprodução/Google
O governo tem apresentado ações abrangentes para desafiar o domínio de mercado dessas empresas | Foto: Reprodução/Google

O julgamento ocorre pouco tempo depois de um juiz em Washington ter emitido um veredicto histórico em outro caso antitruste contra o Google, no qual se concluiu que a empresa monopolizou o mercado de buscas on-line. A decisão sobre as penalidades para o site está prevista para o próximo ano.

Os casos contra o Google fazem parte de uma iniciativa maior dos agentes antitruste norte-americanos para restringir o poder das grandes empresas de tecnologia, como Amazon, Meta e Apple. O governo tem apresentado ações abrangentes para desafiar o domínio de mercado dessas empresas.

O mercado de anúncios on-line

O atual processo judicial foca no lucrativo mercado de anúncios on-line, como aqueles que aparecem no topo ou na lateral das páginas.

O DOJ, junto de 17 Estados, argumenta que o Google domina esse setor. Isso inclui desde os editores que vendem anúncios até os anunciantes que os criam. Além disso, a entidade controla a plataforma que conecta essas partes.

De acordo com o DOJ, o Google pode ficar com 37 centavos de cada dólar gasto em publicidade ao conectar compradores e vendedores. A empresa também controla cerca de 90% do mercado global de servidores de anúncios e redes de anunciantes.

Em resposta, o Google nega possuir um monopólio. A empresa alega oferecer um produto superior em um mercado altamente competitivo.

Karen Dunn, advogada da empresa, afirmou que a organização transformou o mercado de tecnologia de anúncios. Ela destacou que o Google compete intensamente por cada impressão de anúncio contra várias outras empresas. Além disso, a empresa expandiu o mercado para todos os negócios do setor ao longo das últimas duas décadas.

Dunn argumentou que o governo não compreende o setor e não pode forçar a empresa a compartilhar sua tecnologia com os concorrentes. Ela criticou a análise do governo, ao declarar “que não é a realidade comercial” e “inventada” para fins de litígio.

Google irá apresentar testemunhas

Karen mencionou que o Google apresentará testemunhas. Entre elas estão engenheiros e designers da empresa. Além disso, haverá funcionários do Censo dos EUA e veteranos militares. Esses profissionais usaram a plataforma para recrutamento e campanhas de prevenção ao suicídio.

No fim, Dunn argumentou que, se o Google perdesse, isso beneficiaria principalmente seus principais concorrentes. Esses concorrentes incluem Microsoft, Amazon, Meta e TikTok. A perda para o Google não traria benefícios para editores, anunciantes ou clientes.

Ela também destacou que o caso é retrógrado, considerando o rápido avanço da inteligência artificial. Dunn afirmou que o governo está analisando o caso “através da lente da história antiga”.

A juíza distrital dos EUA, Leonie Brinkema, de 80 anos, nomeada pelo ex-presidente Bill Clinton, será responsável por decidir o caso depois do término do julgamento, que ainda deve durar várias semanas.

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Via Revista Oeste

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