sexta-feira, novembro 22, 2024
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Estudantes da USP começam acampamento anti-Israel

Os estudantes da Universidade de São Paulo (USP) estão imitando os norte-americanos e deram início nesta terça-feira, 7, a um acampamento anti-Israel. As primeiras barracas foram montadas às 18h; duas horas depois, sete estavam erguidas, com 50 pessoas acompanhando os discursos pró-Palestina. Às 22h, o número de tendas pulou para 26.

Este é o primeiro protesto desse tipo em uma grande instituição de ensino no Brasil.

Os alunos da USP fizeram um abaixo-assinado em que exigem que a instituição, outras universidades e o governo brasileiro “rompam relações com o Estado de Israel”.

Os estudantes acusam universidades israelenses de contribuírem para o que eles consideram “o genocídio palestino” e pedem o fim dos convênios com a USP.

As instituições citadas pelos manifestantes são a Universidade de Haifa, a Universidade Hebraica de Jerusalém e a Universidade Ariel, esta última localizada em um dos maiores assentamentos israelenses na Cisjordânia, considerado “ilegal” pela comunidade internacional.

USP - acampamento anti-Israel
Uma faixa foi erguida em reforço ao abaixo-assinado com as exigências dos manifestantes |Foto: Reprodução/@FepalB

Discursos contra Netanyahu

O acampamento foi montado no vão do prédio de Geografia e História, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.

Os estudantes realizaram discursos em apoio à Palestina, com palavras de ordem contra Israel e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

O movimento é liderado pelo Comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino (ESPP), em conjunto com outras organizações estudantis.

A programação antissemita inclui debates e exibição de um filme sobre a Palestina.

Preocupação com antissemitismo

Antes do início do protesto, organizações judaicas no Brasil expressaram preocupação com o movimento.

A Federação Israelita do Estado de São Paulo alertou para o risco de as manifestações se tornarem violentas e disseminarem discursos de ódio contra judeus, em reprodução aos discursos dos terroristas palestinos do Hamas.



Via Revista Oeste

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