A Polícia Federal (PF) apontou que existem indícios de que o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e presidido por Valdemar Costa Neto, esteja envolvido no esquema de elaboração de uma minuta que previa um golpe de Estado no país.
O golpe iria, em tese, impedir a posse do presidente Lula, restringir a atuação do judiciário e manter o governo Bolsonaro no poder.
Valdemar foi preso nesta quinta-feira (8) em uma operação da Polícia Federal por porte ilegal de arma e uma pepita de ouro impossível de ser rastreada e que supostamente viria do garimpo.
A informação está no parecer enviado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação no Supremo Tribunal Federal (STF). O documento embasou a decisão de Moraes que permitiu que a operação Tempus Veritatis fosse deflagrada hoje.
Um dos alvos da foi o presidente Jair Bolsonaro, que teve seu passaporte apreendido. Além dele de Costa Neto, a PF também cumpriu mandados contra outros aliados de Bolsonaro, como Anderson Torres, General Heleno, e Walter Braga Netto.
“A partir desses e de outros elementos e de outros coligidos nas investigações, a autoridade policial aponta a existência de indícios de envolvimento do Partido Liberal, por meio de seu representante máximo, Valdemar Costa Neto, no esquema que apura, a justificar a busca e a apreensão e a decretação de medidas cautelares por que se bate”, afirma o documento.
Segundo o parecer, investigados da operação teriam utilizado a casa do Comitê de Campanha do PL para fazer ajustes na minuta do ato golpista que foi apresentada no dia 7 de dezembro de 2022.
“Entre outros pontos, a autoridade policial indica que, como resultado de outras medidas cautelares, verificou-se que investigados se teriam valido da estrutura da residência do Comitê de Campanha da agremiação política presidida pelo Sr. Costa Neto, para realizar ajustes na minuta de ato de cunho golpista, que seria apresentada no dia seguinte, 7/12/2022”, diz a petição.
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