domingo, novembro 17, 2024
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Este hexágono gigante vai produzir energia solar no mar da China

Cada vez mais populares, as fazendas solares que tomam conta do campo deverão migrar em breve para o mar. Uma plataforma fotovoltaica flutuante em formato hexagonal resistente a ondas entrou em fase experimental na China e pode consolidar o país na liderança desse mercado.

O “Yellow Sea No. 1” foi transportado para um parque eólico operado pelo Huaneng Group no sul da Península de Shandong, dando início ao programa de pesquisa solar offshore chinês a 30 quilômetros do continente.

A superfície tem uma área de 1.624 m², abrigando 434 painéis fotovoltaicos. As plataformas foram equipadas com diferentes tecnologias que possibilitam quatro capacidades de produção de energia, o que vai permitir a escolha da configuração mais robusta após os testes.

Com cabos presos a 30 metros de profundidade, a estrutura foi projetada para suportar ondas de até 10 metros. Quando em contato com água salgada, os painéis podem ser prejudicados pela formação de cristais de sal, o que afeta a eficiência de conversão fotoelétrica. 

“Portanto, toda a nossa plataforma é elevada a um nível mais alto acima do mar, de modo que, mesmo em condições marítimas nunca vistas em 50 anos, as ondas não entrarão em contato com nossos painéis fotovoltaicos”, disse o engenheiro de projeto Bi Cheng.

Como vai funcionar o experimento?

A fase de pesquisa terá duração de um ano e as autoridades da região vão ajudar a monitorar resistência ao vento e às ondas, bem como a durabilidade geral, eficiência do rendimento e requisitos de manutenção da plataforma.

Projeto combina energia solar e eólica no mar (Imagem: CCTV/Reprodução)

“O projeto adota um modelo de desenvolvimento que absorve energia eólica e solar simultaneamente. O compartilhamento de transmissão de energia e a operação e manutenção conjuntas podem economizar ainda mais custos. Mais importante, pode melhorar a taxa de utilização do oceano”, explicou Nan Mingjun, gerente de projeto.

Os dados coletados a partir do experimento serão usados para o desenvolvimento de futuros sistemas solares offshore e também para aumentar a eficiência de parques já existentes.

“A plataforma pode não apenas nos ajudar a otimizar a estrutura de energia, mas também promover ainda mais a realização das metas de pico de carbono e neutralidade de carbono.”

Em 2023, a China foi líder mundial em novos projetos eólicos offshore, respondendo por 71% das iniciativas globais, segundo o Global Wind Energy Council, órgão internacional que representa a indústria eólica.

Via Olhar Digital

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