A startup aeroespacial Natilus promete enfrentar as gigantes do mercado da aviação com um modelo que pode transportar 200 passageiros com emissões pela metade em relação aos convencionais. O design do Horizon Blended Wing Body (BWB) mistura asa e corpo sem linhas divisórias claras, aumentando espaço para cargas e reduzindo o arrasto.
O conceito foi criado em 1920, tendo sido aplicado no bombardeio nuclear B-1 Lancer, em 1960, segundo o site New Atlas. Já o modelo dos aviões comuns é baseado na arquitetura da década de 1930, com hélice ou jatos acompanhados de um padrão de asas e cilindros.
O objetivo da Natilus é reduzir as emissões em 50%, queimando 30% menos combustível e aumentando em 40% o volume disponível. Isso colocaria a aeronave na mesma classe de carga útil das aeronaves de fuselagem estreita Boeing 737 e Airbus A320.
“Nossas aeronaves fornecem à aviação comercial uma mudança tecnológica há muito esperada para tornar as frotas mais sustentáveis e mais eficientes e para atender às necessidades em evolução da indústria”, diz a startup.
De olho no futuro da aviação
A expectativa é que o Horizon esteja disponível para compra a partir de 2030. A empresa diz que o modelo atende as medidas dos galpões dos aeroportos, o que evitaria eventuais modificações nos terminais.
“O Horizon BWB promete não apenas maior eficiência de combustível, mas também um voo mais silencioso e confortável, estabelecendo um novo padrão em viagens aéreas ecologicamente corretas.”
A empresa também aposta na logística comercial com o modelo Kona, que pode transportar uma carga útil de 3,8 toneladas métricas e possui um alcance de 900 milhas náuticas, “tornando-o uma solução ideal para operações de carga de curta distância”.