Uma erupção vulcânica em 1980 destruiu quase toda a vida existente nas proximidades do Monte Santa Helena, nos Estados Unidos. Após o ocorrido, cientistas realizaram um experimento na tentativa de recuperar o ecossistema: diversos esquilos foram colocados em partes da montanha queimada por apenas 24 horas. Agora, mais de 40 anos depois, os benefícios identificados ainda são claros.
Esquilos desenterraram bactérias e fungos
- Uma vez que a erupção cessou, um grupo de pesquisadores sugeriu usar esquilos para regenerar o local.
- Os cientistas acreditavam que eles criariam as condições necessárias para o ressurgimento da vida ao desenterrar bactérias e fungos.
- Foram necessários dois anos para que essa teoria fosse, de fato, testada.
- E os resultados comprovaram o que foi imaginado originalmente, embora os benefícios tenham sido muito maiores do que se pensava.
- As conclusões foram descritas em um estudo publicado este mês na revista Frontiers in Microbiomes.
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Ecossistema apresentou claros sinais de recuperação
Os cientistas afirmam que, após a inserção dos esquilos, a vida no local voltou a prosperar. Apenas seis anos depois do experimento, cerca de 40 mil plantas foram identificadas na região, enquanto outras áreas devastadas pelo vulcão continuaram praticamente estéreis.
A explicação é científica. Os fungos micorrízicos penetram nas células das raízes das plantas para trocar nutrientes e recursos. Eles podem ajudar a proteger as plantas de patógenos no solo e, ao fornecer nutrientes em locais estéreis, permitem que elas se estabeleçam e sobrevivam.
Com exceção de algumas ervas daninhas, não há como a maioria das raízes das plantas ser eficiente o suficiente para obter todos os nutrientes e água de que precisam por si mesmas. Por isso, os fungos desempenham um papel fundamental para que as plantas obtenham o carbono que precisam para crescer.
Esses resultados comprovam que há muito para se descobrir sobre o processo de recuperação de ecossistemas. Além disso, mostram como é complexa a interdependência entre espécies na natureza, especialmente as que não podemos ver.