Na tarde desta terça-feira, 21, militantes de esquerda invadiram o plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) antes da votação do projeto de lei que prevê a implementação de escolas cívico-militares nas redes municipal e estadual de ensino.
O Projeto de Lei Complementar 9/2024 é de autoria do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O policiamento na casa foi reforçado para a sessão. Em vídeos publicados nas redes sociais, é possível visualizar os militantes em confronto com os policiais.
O tumulto começou no corredor que dá acesso ao Salão dos Espelhos, onde os policiais militares do Batalhão de Ações Especiais de Polícia, carregando escudos, se enfileiraram.
A sessão da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo foi retomada após a prisão de seis indivíduos que invadiram o plenário. As duas policiais militares que foram arremessadas ao chão durante o incidente receberam atendimento e a votação do programa de escolas… pic.twitter.com/IMAmmXTnja
— Major Mecca (@MajorMecca) May 21, 2024
Momentos antes do início da sessão de votação, alguns jovens invadiram o plenário. Um deles teve de ser imobilizado pela polícia. Durante a ação, os manifestantes gritaram “liberdade já” e proferiram ofensas às forças de segurança.
Em nota, a Alesp informou que seis militantes foram detidos. Eles foram contidos pela Polícia Militar e, posteriormente, foram apresentados à Polícia Civil.
🚨 AGORA – PM e manifestantes entram em confronto antes da votação de escolas cívico-militares na Alesp.🇧🇷👇 pic.twitter.com/zczNDxJQx5
— André Aranda (@Andre17121979) May 21, 2024
O que propõe o ‘PL das escolas cívico-militares’?
O projeto do governador Tarcísio de Freitas permite que escolas públicas do ensino fundamental, médio e educação profissional se transformem em escolas cívico-militares, com ênfase em áreas de alta criminalidade.
A administração pedagógica seria conduzida pela Secretaria da Educação, enquanto a administração e disciplina seriam responsabilidade da Secretaria da Segurança Pública.
A Secretaria da Educação, seria a responsável pela coordenação das atividades extracurriculares, em colaboração com outras entidades e supervisionadas por monitores não armados, que podem ser militares aposentados.
Em julho do ano passado, Tarcísio prometeu criar o programa próprio de escolas cívico-militares e ampliar o número de unidades no Estado depois de o governo Lula encerrar o programa nacional.