sexta-feira, novembro 22, 2024
InícioCiência e tecnologiaEsqueleto de criança híbrida reescreve história da espécie humana

Esqueleto de criança híbrida reescreve história da espécie humana

Em 1998, no vale do Lapedo, em Portugal, um esqueleto de aproximadamente 24.500 anos foi encontrado. A descoberta intrigou os investigadores: tratava-se de um menino híbrido com uma mistura única de características humanas modernas e neandertais. Rapidamente, tudo o que pensávamos conhecer sobre a história da espécie humana mudou.

Entenda:

  • O esqueleto de um garoto híbrido com características humanas modernas e neandertais foi encontrado em 1998;
  • A descoberta contestou a ideia de que a expansão do ser humano moderno pela Eurásia resultou da extinção de nossos parentes mais primitivos;
  • Ao contrário do que se acreditava, o esqueleto mostrou que a reprodução entre as espécies era possível e aconteceu a nível populacional;
  • Inicialmente, a ideia foi considerada radical e refutada por alguns estudiosos, mas um estudo de 2010 comprovou a teoria com o sequenciamento do genoma Neandertal;
  • As informações são do IFL Science.
A foto dos ossos encontrados está no primeiro estudo publicado, em 1999.

A descoberta do esqueleto da criança de 4 anos contestou a ideia de que a expansão do ser humano moderno pela Eurásia resultou da extinção de nossos parentes mais primitivos, e mostrou que, ao contrário do que se acreditava, a reprodução entre as espécies era possível.

Criança híbrida tinha características humanas e neandertais

A criança possuía queixo e orelha interna de um ser humano anatomicamente moderno, e a estrutura e membros de um Neandertal. O primeiro estudo sobre a descoberta observou que a criança era “descendente de uma raça extensiva de populações misturadas,” indicando que o cruzamento entre humanos e neandertais aconteceu a nível populacional.

(Imagem: Microgen / Shutterstock)

Ou seja, a população neandertal não teria desaparecido com o surgimento dos humanos modernos, mas sim ligado-se a eles ao ponto de uma fusão parcial. Inicialmente, a ideia foi considerada radical e refutada por alguns estudiosos. Em 2010, porém, a teoria foi finalmente comprovada com o sequenciamento do genoma Neandertal.

O novo estudo revelou que as populações modernas não africanas contêm cerca de 1 a 4% de ADN neandertal, confirmando a reprodução entre nossos antigos antepassados e os hominídeos extintos. Com o passar dos milênios, deixamos de ter o físico dos neandertais, mas, como indicam os estudos, assim como a criança de Lapedo, todos os humanos vindos de fora da África são híbridos.

Via Olhar Digital

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui