quinta-feira, abril 10, 2025
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Espiões da Coreia do Norte estão em empresas de TI da Europa

Um relatório alerta que a Coreia do Norte tem utilizado táticas cada vez mais sofisticadas para colocar seus agentes dentro das organizações

Imagem: Stephen A. Rohan/Shutterstock

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Autoridades do mundo todo tem aumentado os investimentos para combater atos de espionagem. Neste cenário, a Coreia do Norte é um dos países que mais preocupa. Um temor confirmado por um novo relatório divulgado pelo Google Threat Intelligence Group (GTIG).

Segundo o trabalho, agentes norte-coreanos que se apresentam como trabalhadores remotos de TI estão se infiltrando cada vez mais em empresas da Europa.

Isso aumenta o risco de espionagem corporativa e de roubo de dados sensíveis.

Espiões buscam atuar em setores de defesa e governo

  • O relatório aponta que, embora os EUA continuem sendo o principal alvo da espionagem norte-coreana, os chamados de “guerreiros de TI” têm expandido suas atividades para outros países, com foco agora na Europa.
  • O regime de Kim Jong-un também está usando táticas cada vez mais sofisticadas, como a intensificação da extorsão, para colocar seus agentes dentro das organizações.
  • Citando um exemplo, o documento observa o caso de um suposto trabalhador que teria procurado emprego em várias organizações na Europa, particularmente dos setores de defesa e governo.
  • O agente mentiu sobre referências e construiu relacionamentos com diversos recrutadores de empregos.
  • Os pesquisadores ainda identificaram um portfólio diversificado de projetos no Reino Unido realizados por trabalhadores de TI norte-coreanos.
  • Eles incluem desenvolvimento de bots, sistemas de gerenciamento de conteúdos e tecnologia blockchain.
Imagem mostra homem sentado em uma mesa, digitando em um teclado de computador olhando para a tela do PC
Espiões norte-coreanos fingem ser profissionais de TI (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

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O relatório também aponta que os trabalhadores supostamente usam táticas enganosas, como alegar falsamente nacionalidades de países como Itália, Japão, Malásia, Cingapura, Ucrânia, EUA e Vietnã. A partir disso, conseguiriam as vagas.

Esses espiões foram recrutados por várias empresas por meio de plataformas online, incluindo Upwork, Telegram e Freelancer. A conclusão dos especialistas em segurança cibernética é que estes “guerreiros de TI” possam estar sob maior pressão, levando-os a adotar medidas mais agressivas para concluir suas missões.

Regime de Kim Jong-un estaria por trás da rede de espionagem (Imagem: trambler58/Shutterstock)

Por fim, o documento alerta que a política de algumas empresas estaria favorecendo atos de espionagem. Ao contrário dos laptops corporativos que podem ser monitorados, os dispositivos pessoais (que tem seu uso incentivado por algumas companhias), são mais difíceis de rastrear, criando potenciais ameaças.


Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

Bruno Capozzi

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.


Via Olhar Digital

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