sexta-feira, novembro 22, 2024
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Esperança para regiões áridas: novo dispositivo “transforma” ar seco em água potável

A busca por soluções inovadoras para a escassez de água potável tem levado cientistas a desenvolverem dispositivos capazes de capturar a umidade presente no ar, mesmo em regiões extremamente secas. No caso, uma nova tecnologia se baseia em aletas revestidas com materiais absorventes, sendo composta também por uma folha de cobre entre espumas.

Essas espumas são revestidas com zeólita, aluminossilicato cristalino disponível comercialmente. A combinação permite resultados eficientes na disponibilização de água potável – e rápidos.

Os detalhes sobre o dispositivo foram publicados no periódico ACS Energy Letters por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) liderados por Xiangyu Li e Bachir El Fil. Ele significa uma nova esperança para áreas áridas e comunidades com acesso limitado a fontes hídricas seguras.

Imagem: Li et al. / ACS Energy Letters

Coletando água até de regiões desérticas

Após as aletas absorverem a umidade do ar, elas são aquecidas para o dispositivo liberar água potável. Em testes de prova de conceito, o dispositivo foi equipado com 10 aletas adsorventes dispostas lado a lado em uma base de cobre, separadas por uma distância de aproximadamente 2 milímetros.

Essa configuração maximiza a captura de umidade do ar, mesmo em condições desérticas com apenas 10% de umidade relativa. Em apenas uma hora, as aletas absorveram a umidade do ar e, quando a base atingiu 184°C, liberaram a água retida.

Detalhes do funcionamento e índices
Imagem: Li et al. / ACS Energy Letters

Grande potencial do dispositivo

Estimativas indicam que o dispositivo pode produzir até 1,3 litros de água potável por dia em ambientes com 30% de umidade relativa. Isso é um volume significativamente maior do que outros dispositivos existentes.

Os pesquisadores veem um potencial significativo do dispositivo para a rápida captação de umidade e geração de água em várias aplicações diárias. Ele pode ser integrado a infraestruturas que produzem calor residual, como edifícios e veículos de transporte, aproveitando essa energia para operar de forma econômica e sustentável.

Via Olhar Digital

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