quinta-feira, dezembro 26, 2024
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especialista fala em 50 sequestros de dados por semana

O vice-presidente da Crowdstrike na América do Sul, Jeferson Propheta, declarou que a companhia identifica cerca de 50 tentativas de ataques de hackers para sequestro e roubos de dados de empresas por semana globalmente. Em entrevista ao site Poder360, o executivo disse que, em média, os pedidos de resgate das informações corporativas giram em torno de R$ 20 milhões a R$ 30 milhões.

Segundo Propheta, o perfil dos ataques cibernéticos mudou ao longo das últimas duas décadas. Do mesmo modo, o universo criminoso digital se transformou em um mercado milionário. Os hackers acompanharam principalmente a evolução dos processos de digitalização das empresas. Esse tipo de criminoso tem operado técnicas sofisticadas que chamam a atenção de companhias e principalmente de órgãos de Estado ao redor do mundo.

Hackers se especializam em extorsão

Nas décadas de 1980 e 1990 e início dos anos 2000, as maiores preocupações no ambiente virtual eram primeiramente com vírus para causar danos em dispositivos eletrônicos. No entanto, com o passar dos anos, os criminosos se tornaram mais sofisticados e começaram a utilizar programas voltados para extorsão de informações.

Conforme Propheta, essas atividades vão além de agentes isolados ou grupos criminosos. Diversos países começaram a criar uma cultura hostil no ambiente virtual para roubar informações sensíveis de outras nações. “Hoje, a gente percebe que existe uma indústria maliciosa que está ganhando muito dinheiro roubando informação, tendo uma vantagem tecnológica por meio desses artefatos maliciosos”.

Propheta acrescenta que a evolução aconteceu a partir dos anos 2002, 2003. “A gente começou a perceber até governos entrando nesse universo tecnológico com ofensivas na esfera digital para roubar informação”. De acordo com o especialista, alguns governos fazem isso “para se posicionar, para ter posicionamento melhor contra outra geografia, contra outro país, para poder ter uma alavancagem no caso de um conflito”.

Fundada nos EUA em 2011, a Crowdstrike é uma das maiores empresas de cibersegurança do mundo. O executivo disse que a companhia mapeou 3 perfis de hackers, que costumam causar os maiores danos no mundo corporativo e na geopolítica global. São eles: 

  • E-crime – hackers que roubam dados de empresas ou de pessoas para realizar o chamado ransomware –ataque onde os ativos digitais são sequestrados e a empresa ou pessoa precisam pagar um resgate para não ter um vazamento; 
  • Hacktivistas – conhecidos pelos ataques de desconfiguração de sites. Os hacktivistas tentam, de alguma maneira, realizar ataques cibernéticos para destacar alguma ideologia. Em geral, são nacionalistas ou ativistas; 
  • Criminosos estatais – entidades governamentais, em geral ligadas ao Departamento de Defesa de alguns países, que usam ataques cibernéticos para buscar informações.

Via Revista Oeste

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