Nesta quinta-feira, 22, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Milton Campos, na Brasilândia, em São Paulo, rebateu um vídeo da candidata a prefeita da cidade Tabata Amaral (PSB). Nas imagens, a política critica a escola por não conseguir “ensinar os alunos a ler e escrever”.
“Eu vi uma fachada bonita e colorida. Mas a gente ouviu dizer que, por trás desse muro, a escola não está conseguindo ensinar os alunos a ler e escrever”, disse Tabata. A candidata destacou ainda que a escola teve o pior resultado de português e matemática da rede municipal no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Na propaganda eleitoral divulgada nas redes sociais no dia 16 de agosto, Tabata mencionou relatos de uma mãe, cujo filho tem “muita vergonha de ainda não ter sido alfabetizado”. Uma outra mãe que disse que sua filha, no terceiro ano, “até hoje não aprendeu a ler e escrever”. A candidata também mencionou uma mãe de ex-alunos que sente “saudade de quando tinha laboratório e sala de leitura”.
Resposta da escola para Tabata Amaral
A escola classificou a atitude de Tabata Amaral como “inconsequente”. “Tabata foi inconsequente ao expor os alunos, citando os nomes deles e alegando que a EMEF Senador Milton Campos é a pior escola de toda a Rede Municipal, nas disciplinas de matemática e português”, se posicionou a escola.
“Ela não esclareceu detalhes necessários para que o índice tenha a devida compreensão pela população. Tal afirmação desqualifica a Educação e todos os profissionais da rede.”
Ainda conforme comunicado da escola, “a candidata fez uma denúncia improcedente, alegando não haver na escola aulas de informática e leitura”. “Esclarecemos que existem essas salas e estão ativas, com professores atuantes”, afirmou.
A escola também mencionou que o discurso de Tabata Amaral pode causar danos psicológicos aos alunos. “O dano moral deve ter reparado imediato, com uma retratação da campanha”, escreveu.