A embaixada da Argentina em Caracas, na Venezuela, permaneceu sem eletricidade e cercada por agentes das forças de segurança da ditadura de Nicolás Maduro, na noite deste sábado, 7. A oposição ao regime foi responsável por divulgar a informação.
Durante a noite, agentes de Maduro continuavam a bloquear o acesso à sede diplomática. Pedro Noselli, coordenador internacional da líder opositora María Corina Machado e também asilado no local, divulgou a informação nas redes sociais. Em um vídeo postado por Noselli, viaturas com o giroflex ligado podem ser vistas ao redor da embaixada.
A postagem ocorreu às 20h30 (horário local). Registros anteriores mostram agentes encapuzados e armados próximos à residência.
Outro asilado no local descreveu o cerco à embaixada como uma “grave violação do direito internacional”.
Nas redes sociais, Omar Gonzalez Moreno, aliado de María Corina e membro da direção nacional do partido opositor Vente Venezuela, também denunciou a situação. Seis opositores venezuelanos, que estão foragidos da Justiça, encontraram refúgio na embaixada.
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Venezuela revoga custódia brasileira de embaixada
A Venezuela anunciou a revogação da custódia brasileira da embaixada argentina em Caracas, neste sábado, 7. O governo alega ter “provas” de que o local está sendo utilizado para planejar atos “terroristas” e tentativas de assassinato contra ele e sua vice, Delcy Rodríguez. No entanto, o regime não apresentou provas.
María Corina Machado pediu apoio internacional para os ativistas. Em sua primeira declaração desde o início do cerco, a líder opositora afirmou que as acusações contra os seis asilados e as decisões “unilaterais” do regime de Maduro violam acordos internacionais e representam uma grave ameaça aos direitos e interesses de nações com representações em outros países.
Ela enfatizou que o princípio da inviolabilidade das embaixadas é “sagrado” e deve proteger tanto os locais físicos quanto a dignidade e integridade das pessoas presentes.