David Samuel, 17, vai realizar o sonho de estudar medicina na USP (Universidade de São Paulo) em 2025. O estudante se formou na Escola Estadual Dona Idalina Macedo Costa Sodré em 2024 e foi um dos aprovados no Provão Paulista.
“Estava ajudando minha avó a fazer comida, e um amigo me ligou e disse que eu passei. Fiquei incrédulo porque, por mais que eu estivesse esperando, é um choque passar na universidade dos seus sonhos. Ainda mais por ser a USP“, disse o jovem de São Caetano do Sul à CNN.
A preparação de David começou no segundo ano do ensino médio. Ele estudava em casa e, na escola, pedia dicas e ajuda aos professores, caso tivesse alguma dúvida.
No terceiro ano do ensino médio, ele fez um cursinho preparatório para o vestibular além da escola. “A minha maior esperança era o Provão e o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio)”, comentou.
Toda essa dedicação deu confiança para o estudante durante o ano. “Como eu me preparei desde o ano passado para o Provão Paulista, eu achava que ia conseguir, mas eu não tinha referências, então era uma utopia“, disse.
“Mas quanto mais perto chegava [da divulgação dos resultados], eu ficava mais desacreditado, porque tive a resposta de outros vestibulares. Quando chegou o resultado [do Provão Paulista], eu fiquei incrédulo.”
Agora, David quer mostrar aos outros estudantes da rede pública que é possível passar na USP. “A mensagem que eu mais quero transmitir é: estudem, porque vai dar certo. Seu esforço vai ser reconhecido.”
Ele também ressaltou a importância de outras formas de ingresso na universidade, como o Provão Paulista, Enem-USP e olimpíadas de conhecimento, além do vestibular da Fuvest. “Por mais que estejam elaborando melhor o vestibular, ainda é uma coisa muito distante para a maior parte das pessoas da rede pública”, acrescentou.
Em 2024, mais de 55% dos ingressantes na USP eram de escolas públicas. Foi o primeiro ano que a universidade admitiu egressos da rede pública por meio do Provão Paulista.