Em reunião fechada do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira, o Equador apresentou um texto que pede que Venezuela e Guiana cheguem a uma solução pacífica para a disputa sobre o território de Essequibo.
O documento também pede respeito às regras do direito internacional. O colegiado não se manifestou no final e houve uma conversa entre os membros do órgão sobre a situação atual, incluindo um histórico da disputa entre os dois países.
O Equador propôs um texto de declaração do Conselho sobre o tema, que será analisado pelos membros. Segundo reportagem da CNN, fontes informaram que não se trata de uma resolução.
O documento terá que ser negociado entre os integrantes do Conselho de Segurança.
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Venezuela nomeia “autoridade” sobre região
Nesta sexta-feira, 8, o ditador Nicolás Maduro discursou em evento do “Dia da Lealdade” na Venezuela e assinou os decretos sobre as medidas anunciadas depois do referendo realizado n domingo 3 sobre a anexação de Essequibo, território da Guiana.
Um dos decretos foi a designação de Alexi José Rodríguez Cabello como autoridade única do Estado de Guiana Essequiba.
O ditador também nomeou Delcy Rodríguez como “chefe suprema da Alta Comissão de Defesa de Essequibo”.
“Essequibo e Venezuela é quem ganha. Vocês veem a reação do imperialismo e da direita, viram? Ignorar a vontade do povo, ignorar o exercício da soberania popular”, disse Maduro.
Tensão
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, disse na quinta-feira 7 que pretende levar a questão da disputa da Venezuela pelo território de Essequibo ao Conselho de Segurança da ONU “para que esse colegiado adote as medidas adequadas.
No mesmo dia, o regime da Venezuela classificou como uma “infeliz provocação” os exercícios militares anunciados pelos Estados Unidos na Guiana.
O governo norte-americano anunciou as manobras militares para “fortalecer a parceria de segurança com a Guiana”. Aviões militares dos Estados Unidos sobrevoaram a região de Essequibo e o resto da Guiana.