O título não está errado. A iniciativa começou há aproximadamente dois anos, como uma forma de aumentar a confiança na corporação. Além disso, o chamado Departamento de Patrulha Virtual consegue atuar em uma área muito sensível atualmente: os crimes online, que atingem muitas crianças e adolescentes.
Os policiais fazem transmissões ao vivo na plataforma Twitch de partidas de Counter-Strike, Minecraft ou Roblox, dependendo da faixa etária que buscam atingir. Durante as lives, eles jogam e conversam com os jovens. Também falam sobre como identificar comportamentos suspeitos na rede e como denunciar.
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Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, a superintendente desse departamento dinamarquês, Sisse Birkebæk, falou sobre o desafio inicial de colocar a ideia em prática:
“Costumavam perguntar ‘é realmente para isso que está sendo destinado o dinheiro dos meus impostos? Jogar online e gravar TikToks?’”, disse a agente.
Hoje, porém, a sociedade já aceita o trabalho desses policiais e entende a importância de atuarem nesse ambiente online, além de se aproximarem das novas gerações.
Iniciativa bem-sucedida
- Hoje, a corporação recebe mais de 50 mensagens diárias nos aplicativos de redes sociais e no servidor da polícia no Discord.
- A maioria dos contatos parte das crianças e adolescentes, o que indica uma aproximação dos jovens com a polícia.
- A chefe do departamento comemorou esses números:
“Precisamos estar onde os jovens estão. Além de tornar a internet um local mais seguro, as crianças têm uma ligação com a polícia e podem ver o rosto por trás dos uniformes”, explicou.
- Diante do sucesso, outros países já procuraram a polícia da Dinamarca para saber mais sobre o projeto.
- O Departamento de Patrulha Virtual conta com 10 agentes treinados para lidar com o público jovem.
- A ideia é que os policiais consigam evitar crimes que, infelizmente, se tornaram comuns na internet, como alguém pedindo fotos de menores de idade.
- A partir das denúncias recebidas, a corporação dá início a uma investigação, construindo um caso, se necessário.
- Além das lives de jogos, o departamento também promove reuniões online de aconselhamento parental e sessões de perguntas e respostas de tópicos específicos, como cyberbullying e assédio online.
Os games e a violência
O tópico é dos mais polêmicos e desperta discussões há mais de três décadas. Nesse período, você pode encontrar estudos que relacionam os jogos eletrônicos a uma agressividade nas crianças. Ao mesmo tempo que outras pesquisas dizem que isso nada tem a ver.
Eu, particularmente, não vejo problema nenhum. Até porque jogo desde que nasci praticamente e não gosto de matar uma formiga (só mato os pernilongos porque sou alérgico mesmo).
E essa notícia sobre a polícia dinamarquesa jogando com os jovens só reforça essa minha impressão. O que torna algo bom ou ruim são as pessoas. Que as autoridades usem cada vez mais a tecnologia como uma aliada.
O Olhar Digital tem um outro texto muito bacana sobre o assunto. Ouvimos especialistas sobre essa suposta relação entre games e a violência. Você pode ler a matéria aqui.
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