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entenda o que é e por que Santa Catarina pode ser afetada pelo fenômeno

Um tsunami meteorológico atingiu Jaguaruna, no Sul de Santa Catarina, na segunda-feira, 2. O fenômeno causou destruição significativa. A ponte da cidade foi destruída, muros e árvores foram derrubados, e diversas casas sofreram danos. A Defesa Civil estadual confirmou o evento e o classificou como raro e difícil de prever.

Esse tsunami é diferente do tradicional, que normalmente ocorre em razão de abalos sísmicos no fundo do mar. Nos tsunamis meteorológicos, ou meteotsunamis, a causa são rajadas de vento intensas.

As rápidas alterações na pressão atmosférica geram ondas no oceano. Essas ondas têm características semelhantes às de um tsunami tradicional.

Os meteorologistas da Defesa Civil explicaram que uma intensa linha de instabilidade presente na região naquele momento originou o fenômeno. Essas linhas formam-se por tempestades alinhadas e causam alterações abruptas na pressão atmosférica, além de gerar ventos fortes.

Esse conjunto de fatores cria pulsos de pressão que se propagam pelo oceano, amplificando as ondas à medida que se aproximam da costa.

“Quando há uma ressonância quase perfeita entre a velocidade da linha de instabilidade e das ondas no oceano, o efeito é intensificado, causando um avanço súbito do mar”, disse o meteorologista Caio Guerra.

O evento ocorreu em condições incomuns, já que os modelos meteorológicos não indicavam maré alta nem agitação marítima | Foto: Divulgação/Defesa Civil

Em novembro de 2023, registraram-se ondas semelhantes na Praia do Cardoso, em Laguna, no litoral catarinense.

O Estado de Santa Catarina é propenso a tsunamis

O Estado é especialmente propenso a esses fenômenos. A combinação de fatores geográficos e atmosféricos aumenta a vulnerabilidade da região. A costa catarinense, com suas baías, enseadas e canais estreitos, amplifica as ondas geradas por rápidas variações na pressão atmosférica.

Outro fator que contribui para a ocorrência de meteotsunamis é o relevo submarino. Esse relevo favorece o processo de ressonância. Nesse processo, a velocidade das ondas coincide com a topografia do oceano, o que intensifica sua altura à medida que se aproximam da costa.

A localização geográfica de Santa Catarina também contribui para esse fenômeno. O Estado está exposto a sistemas climáticos intensos, como frentes frias, ciclones extratropicais e linhas de instabilidade atmosférica.

Via Revista Oeste

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