sábado, novembro 23, 2024
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Enorme rachadura em geleira da Antártica se forma em minutos

Um recorde negativo e extremamente preocupante foi identificado por pesquisadores que estudam a geleira de Pine Island, uma das principais da Antártica. Segundo eles, uma enorme rachadura de mais de 10 quilômetros teria levado poucos minutos para se formar. Esta velocidade, muito acima do normal, indica o alto grau de colapso da região.

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Fissuras podem desencadear avanço do derretimento de geleiras (Imagem: Bernhard Staehli/Shutterstock)

Fissura foi formada a uma velocidade impressionante

O fenômeno aconteceu em 2012, mas só foi descrito em estudo publicado no início deste ano na revista AGU Advances. De acordo com os cientistas, a fenda tem 10,5 quilômetros e demorou cerca de cinco minutos e meio para se formar. Isso significa que o processo ocorreu a uma incrível velocidade de 35 metros por segundo.

Os pesquisadores explicam que as rachaduras, em geral, atravessam praticamente os 300 metros das geleiras. É a partir delas que pedaços de gelo se desprendem das plataformas e caem no mar, originando icebergs.

Tal fenômeno acontece com frequência na geleira de Pine Island e, conforme registrado no estudo, de maneira mais rápida. Em outras partes da Antártica, as fendas podem demorar meses ou anos para se desenvolver. As informações são da IFLScience.

Imagens de satélite revelam nova rachadura (Imagem: reprodução/University of Washington)

Impacto no derretimento das geleiras

  • A geleira Pine Island é responsável por “segurar” a maior camada de gelo da Antártica Ocidental.
  • Em outras palavras, o surgimento de rachaduras pode impulsionar o processo de desintegração dela, acelerando o derretimento do gelo.
  • Por isso, a maior velocidade de surgimento das fendas é uma péssima notícia no âmbito do combate às mudanças climáticas.
  • Os cientistas, no entanto, admitem que o surgimento dessas fissuras em geleiras ainda não é totalmente compreendido do ponto de vista físico.
  • Uma das dificuldades está associada ao comportamento das geleiras: em escalas curtas de tempo, elas agem mais como um sólido, enquanto, em escalas longas, são mais como um líquido viscoso.
  • Dessa forma, eles querem analisar os dados para aumentar a compreensão sobre os fenômenos e as geleiras de forma geral.
  • Uma das possibilidades é que o mar tenha influência formação de fendas.
  • Os cientistas já perceberam que a água que adentra as rachaduras ajuda a retardar seu avanço.
  • Além disso, o estudo pode ajudar a melhorar as projeções sobre futuro aumento do nível do mar decorrente do aquecimento global.

Via Olhar Digital

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