sábado, setembro 28, 2024
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Empresas intensificam recompra de ações

As empresas com ações na Bolsa estão intensificando a recompra de suas ações. O motivo é o desempenho insatisfatório do mercado de capitais neste ano. De janeiro a agosto, foram anunciados 53 programas de recompra, em comparação com 35 anúncios em todo o ano passado.

Companhias como Suzano, Moura Dubeux e Log Commercial Properties estão entre as que divulgaram recompras desde o início deste ano.

Objetivo das empresas

Os objetivos das recompras são diversos. Elas, geralmente, cancelam as ações adquiridas. Isso beneficia os acionistas, pois o capital é dividido entre menos papéis. Isso sinaliza ao mercado que a empresa considera suas ações subvalorizadas, o que tende a aumentar seu valor.

As empresas também usam as ações para programas de remuneração de executivos e funcionários. Na maioria dos casos, as companhias utilizam recursos próprios para financiar a recompra. 

Além disso, estabelecem um limite de ações a serem adquiridas em um período específico. Também contratam corretoras e emitem ordens de compra conforme as condições do mercado. O pagamento é feito poucos dias depois da compra.

Uso de contratos derivativos

Algumas empresas, por sua vez, recorrem ao total return swap. Trata-se de um contrato derivativo que troca um ativo futuro por crédito com juros. Nesse modelo, a companhia busca um banco que compra as ações no mercado e cobra juros. O contrato tem duração de 12 a 18 meses.

Em certos casos, empresa e banco verificam, periodicamente, a variação do papel na bolsa | Foto: Reprodução/Freepik
Em certos casos, empresa e banco verificam, periodicamente, a variação do papel na bolsa | Foto: Reprodução/Freepik

Em certos casos, empresa e banco verificam, periodicamente, a variação do papel na bolsa. Se houver desvalorização, a companhia paga a diferença ao banco. Se a ação valorizar, o banco repassa a diferença e desconta os juros. Caso sejam pagos proventos, o banco repassa o valor à empresa.

Expectativas para contratos derivativos

Eric Altafim, diretor de produtos corporativos do Itaú, estima que cerca de 100 contratos derivativos serão fechados este ano. “Tem sido comum as empresas fazerem esses contratos”, afirmou, ao jornal Valor Econômico. “A maioria realiza operações tradicionais de recompra, mas algumas utilizam o derivativo.”

Segundo suas estimativas, as operações de grande porte são poucas. “As operações são de menor volume e estão mais para dezenas do que para centenas”, calcula. “Operações maiores devem ser uma dezena.”

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Via Revista Oeste

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